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Tupi volta à cena com expansão de R$ 380 milhões

4 de junho de 2013

Passados alguns anos desde que seu grupo controlador pôs as finanças em dia, a Cimento Tupi volta à cena do setor. Com a venda de ativos, como a fábrica de Ribeirão Grande, em São Paulo, ao grupo Votorantim, o

Passados alguns anos desde que seu grupo controlador pôs as finanças em dia, a Cimento Tupi volta à cena do setor. Com a venda de ativos, como a fábrica de Ribeirão Grande, em São Paulo, ao grupo Votorantim, o grupo conseguiu equilibrar seu passivo financeiro. Para acompanhar o crescimento do mercado nacional de cimento, que duplicou de tamanho de 2005 para cá, atingindo o consumo de 70 milhões de toneladas, a empresa está finalizando investimento de R$ 380 milhões na duplicação de sua grande unidade industrial, situado em Carandaí, Minas Gerais, próxima de Barbacena.

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O investimento duplica a capacidade de produção da empresa nessa fábrica, Pedra do Sino, tornando a apta a produzir 2,5 milhões de toneladas a partir de 2014. Ate agora, sua capacidade era de 1,2 milhão de toneladas de cimento ao ano. Com isso, a Tupi quer garantir seus 3% a 3,5% de participação de vendas que detinha no mercado brasileiro.

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Toda a aposta da companhia, de agora em diante, vai se concentrar nessa instalação, pois, devido ao fim do suprimento de escória de aço, uma das matérias-primas que usava na linha de produção, poderá ter de encerrar a operação da sua unidade de moagem de Volta Redonda (RJ). Esse insumo era fornecido pela Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), que passou a usá-lo para sua própria unidade de cimento, ao lado da usina siderúrgica.

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Hoje, essa unidade da Tupi está trabalhando só com estoques de escória e importar o produto não vale a pena, afirma Demétrio Simões, diretor financeiro e de relações com os investidores da companhia. Com Carandaí e Volta Redonda, a Tupi chegou a produzir e vender 1,8 milhão de toneladas em 2010. Esse volume baixou para 1,64 milhão de toneladas no ano seguinte e para 1,52 milhão de toneladas em 2012.

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Os mercados alvos da fabricante são Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e alguma coisa no Sul. A empresa compete nessa região, usando a marca Tupi – de mais de 50 anos – com muita gente grande: Votorantim, InterCement / Cimpor, Lafarge, Holcim, CSN, Brennand, Liz e Mizu.

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Para bancar o investimento em Carandaí, anunciado em 2010, a empresa fez duas captações no mercado externo com emissão de bônus: uma de US$ 100 milhões, no início de 2011, e outra de US$ 50 milhões, em fevereiro do ao passado, cujo vencimento do valor principal começa em 2018, informou o executivo. No momento, a empresa está recebendo repasse de R$ 100 milhões do BNDES por meio do BDMG, banco de fomento mineiro. O fornecedor dos principais equipamentos da duplicação de Pedra do Sino, um grupo chinês, garantiu com o Banco ABC, do seu país, financiamento de US$ 25,5 milhões.

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Controlada pela família Koranyi Ribeiro, do Rio de Janeiro, a Tupi aposta em aumento do portfólio de fábricas no futuro, informa Simões, na empresa desde 1996. No entanto, afirma: “a prioridade, agora, é pôr esse projeto de expansão para funcionar à plena capacidade a partir deste mês e gerar caixa para cumprir os compromissos com nossos financiadores”.

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Para este ano, já com seis de operação ampliada, a previsão é produzir e vender 2 milhões de toneladas. Em 2014, a ritmo pleno, chegar a 2,5 milhões de toneladas.

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O executivo, engenheiro pela PUC do Rio e economista pela UERJ, informa que a Tupi tem reservas de calcário requeridas em Adrianópolis (PR), Formosa (GO) e Mossoró (RN). Todas estão em fases em fase pesquisas e de concessão junto ao DNPM, órgão federal.

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Cada uma delas pode suportar a construção de uma fábrica integrada (que usa minério e faz o clínquer) para pelo menos 1,3 milhão de toneladas ao ano. O investimento unitário para erguer uma instalação seria da ordem de até US$ 400 milhões. “Vamos, na hora certa, avaliar todas as alternativas. Pode ser em parceria com outros investidores”, admite.

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Simões não descarta ir ao mercado de capitais. A Tupi é hoje uma S.A. fechada, categoria B, que permite apenas lançamento de debêntures. Com receita líquida de R$ 355,6 milhões no ao passado, a empresa teve lucro de R$ 31,2 milhões. A Tupi tem uma dívida líquida de US$ 200 milhões, segundo o executivo, “sob controle”.

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Fonte: Valor Econômico

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