Vale e ITV lançam guia de plantas para recuperação de áreas degradadas
28 de março de 2017
A obra, fruto de parceria entre a Vale e o Instituto Tecnológico Vale (ITV), analisa mais de 1,2 mil espécies e determina quais delas seriam indicadas para uso da recuperação de áreas impactadas
Um Guia de Plantas completo voltado para a recuperação de áreas de canga mineradas ou impactadas por outras atividades humanas. A obra, fruto de parceria entre a Vale e o Instituto Tecnológico Vale (ITV), analisa mais de 1,2 mil espécies e determina quais delas seriam indicadas para uso da recuperação de áreas impactadas. A canga é um ambiente bastante comum em áreas onde existem grandes jazidas de ferro, como o quadrilátero ferrífero, área de cerca de 7 mil quilômetros quadrados localizado em grande parte na região central de Minas Gerais.
Foram definidos alguns critérios para a seleção, entre eles, se os nomes das plantas estão na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Ambiente, se produzem muitas sementes, se tem crescimento vigoroso, se são colonizadoras de áreas descobertas (clareiras) e se são utilizadas pela população como espécie ornamental, medicinal ou alimentícia.
"Com esse trabalho, estamos desmistificando que só se usa espécies exóticas em recuperação de áreas. Esse trabalho é principalmente para a sociedade. Pode ser utilizado por qualquer empresa, qualquer comunidade, em qualquer área. É um produto para o Estado de Minas Gerais", diz a Gerente-Executiva de Meio Ambiente da Vale, Gleuza Jesué.
Ao todo foram selecionadas 75 espécies de diferentes famílias. São cactos, capins, canelas-de-ema, bromélias e orquídeas, todas de vegetação rasteira e de pequeno porte, característica da flora de canga ferruginosa. Cada espécie é identificada com fotos, desenhos das exsicatas (folhas, flores etc), características morfológica e de reprodução, distribuição geográfica, se está ameaçada de extinção e sua importância para a recuperação de áreas degradadas.
"As empresas de mineração que vão continuar existindo no futuro são as que tem sustentabilidade no DNA. Entender de botânica, fazer pesquisas básicas e fundamentais, produzir conhecimento sobre esse assunto é um aspecto tão importante quanto fazer a lavra ou beneficiamento no melhor padrão mundial", explica Luiz Mello, diretor do Instituto Tecnológico Vale.
Volumes impressos do Guia serão enviados para universidades e centros de pesquisa que atuam na área ambiental, bem como para órgãos do poder público. O guia está disponível no site da Vale.
Vale