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Vale prevê estabilidade de preços

12 de novembro de 2012

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A Vale projeta um cenário básico para 2013 de estabilidade dos preços do minério de ferro, com o mercado mais direcionado pela curva de custo dos produtores chineses, do que pela demanda. Nesse caso, os preços tendem a ficar no patamar atual de US$ 120 a US$ 125 a tonelada no ‘spot’ chinês, pois esta é a faixa de equilíbrio, disse José Carlos Martins, diretor-executivo de Ferrosos e Estratégia da empresa ao Valor.

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O executivo não descarta, porém, um cenário alternativo, com menor probabilidade, mas que pode vir da China. Seria uma surpresa positiva em termos de demanda. “Se a China aumentar a demanda de novo, o preço pode melhorar muito e aí oscilar de US$ 120 a US$ 180 a tonelada. Tudo vai depender do ritmo de expansão da China”, observa.

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Embora o país asiático não cresça mais como antes, continua em expansão e é hoje a principal aposta da mineradora brasileira para enfrentar a crise. Os pessimistas preveem a China crescendo de 3% a 4% em 2013. A Vale se encaixa entre os realistas e estima taxa de crescimento para o país entre 6% e 8%, enquanto os otimistas ainda falam em taxas de 10% a 11%, o que Martins considera pouco provável.

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Na visão de negociador que atuam na China, o executivo acredita que o novo governo que assumirá em março, presidido por Xi Jiping, deve adotar soluções pragmáticas para o país avançar, com medidas capazes de dar força à economia de mercado para enfrentar a redução das exportações via aumento do consumo interno, sem tirar o olho nos investimentos.

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Em contrapartida as expectativas mais favoráveis de crescimento para a Ásia, as estimativas de crescimento máximo para o Ocidente não passam de 2%. Diante dessa realidade, o executivo acha que a opção estratégica da Vale está correta, inclusive por falta de outras opções. “Muito mais do que uma escolha, a China e a Ásia são a única alternativa que resta no mundo por muito tempo”, afirma, respondendo as críticas de que a Vale é muito dependente do país.

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Os números do mercado transoceânico de minério de ferro constatam a força da Ásia em relação ao resto do planeta. Em 2012, esse mercado entre mares deve negociar 1,11 bilhão de toneladas de minério, 4% acima de 2011. A China, maior cliente, vai comprar 725 milhões de toneladas de minério neste mercado para garantir a produção de 710 milhões de toneladas de aço bruto. Outras 248 milhões de toneladas serão de outros países asiáticos. Ao todo, Ásia vai comprar 973 milhões de toneladas de minério australiano e brasileiro no transoceânico.

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“Vemos que nossa opção é correta. Num ambiente de desafio, temos que fazer escolhas certas. Como uma empresa temos que ter custo competitivo e vender nosso produto independente da situação de preço. Por isso optamos pela China.” Em 2012, a expectativa da Vale é vender mais de 50% de minério para a China. No terceiro trimestre, o país respondeu por 49,1% das exportações da empresa.

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Ao contrário de 2008, quando a Vale cortou produção, enfrentou falta de navio e teve de fazer demissões, desde que a crise começou em setembro de 2011 que a empresa opera a plena capacidade. “Só tivemos que cortar produção de pelotas de 55 milhões para 42 milhões de toneladas. Com preço do minério em queda, as mineradoras não se interessam por produtividade”.

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Quanto ao minério, “tudo que a Vale tem produzido, tem exportado. Não paralisamos nenhuma operação de mina”, disse o executivo. A empresa deve fechar 2012 com produção de 312 milhões de toneladas de minério. E tem meta de 320 milhões de toneladas para 2013.

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A dura concorrência com os australianos, situados a apenas uma distância de “10 dias” da China, contra 45 do Brasil, tem levado a Vale a vender cada vez mais pelo valor CIF (produto posto em portos locais) e avançado em vendas com base na cotação diária do spot chinês. E retardado o fechamento do contrato para quando o minério chegar ao destino. Esta flexibilização lhe garantiu um preço líquido realizado de US$ 83,69 no terceiro trimestre, acima das expectativas do mercado. “A tendência é esta. Aprendemos a ser pragmáticos como os chineses”, disse Martins.

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Fonte: Valor Econômico

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