Vale usa Laser Scanning para registro topográfico em minas de Itabira
30 de agosto de 2016
De acordo com a mineradora, o uso do laser representa um avanço na forma de trabalho, uma vez que o convencional é usar GPS e estação total
O registro topográfico dos ambientes nas minas de minério de ferro da Vale em Itabira (MG) é realizado com a tecnologia de 3D Laser Scanning. De acordo com a mineradora, o uso do laser representa um avanço na forma de trabalho, uma vez que o convencional é usar GPS e estação total. A Vale afirma que desde 2013 tem um projeto para empregar um scanner 3D de alta precisão.
Em nota divulgada na última sexta-feira (26), a Vale diz que a partir do uso da tecnologia 3D é possível obter um resultado mais preciso dos registros topográficos, aumentar a segurança do processo e diminuir os custos.
Diferentemente do aparelho de topografia por GPS e estação, que necessita de uma demanda de três equipes num total de seis pessoas, o Laser Scanner precisa de dois profissionais para levantamento em campo. Segundo a Vale, o equipamento consegue registrar um número “muito maior de pontos”, com um registro mais fiel à realidade.
Enquanto o GPS captura aproximadamente 5 mil pontos, o Laser Scanner consegue mais de 900 mil pontos em um levantamento de pátio de produto. Outro ganho é o alcance de 1.400 metros, o que permite a aquisição de dados em locais inacessíveis ou perigosos.
“O modo como o Laser Scanner captura os pontos é mais rápido que o GPS, outra vantagem do scanner e que nos permite colocá-lo sobre uma caminhonete com um suporte anti-choque e rodar com o automóvel pela área a ser levantada sem ter que sair do carro. Com o GPS, o profissional precisa caminhar com ele pela mina ficando exposto a riscos de acidentes”, declara Alexander Nunes, profissional da Gerência de Planejamento de Curto Prazo e Geotecnia de Itabira, em nota.
Laser Scanning
O uso da tecnologia Laser Scanning pela Vale não acontece apenas em minas. Segundo apurou o Notícias de Mineração Brasil (NMB), a mineradora utilizou o Laser Scanner no final de 2015 para a criação da réplica de alguns equipamentos.
“No caso da Vale, criamos uma réplica dos equipamentos, tubulações, posicionamento, anglo, dimensão, imperfeições, curvatura de alguma viga, são muitas possibilidades”, disse Leandro Garcia, coordenador do setor de Laser Scanner da Litholdo Engenharia, por telefone.
A Litholdo atendeu também a ArcelorMittal em uma demanda para analisar os elementos finitos das máquinas de recolhimento e empilhamento de minério da companhia. De acordo com Garcia, depois do escaneamento dos equipamentos, os dados são repassados para uma empresa de engenharia de cálculos, que usa as informações obtidas pela Litholdo para definir a vida útil de uma máquina.
Notícias de Mineração Brasil