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Vale usa reciclagem para transformar resíduos plásticos em supressores de pó

18 de abril de 2016

A diferença desse produto, de acordo com a Vale, é que, por ser modificado quimicamente para retornar à estrutura básica, deixa de ter os agressores normais que impactam o meio ambiente

A Vale finalizou, neste mês, uma das fases da pesquisa dos estudos de novos polímeros feitos com reciclagem de resíduos plásticos no Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória (ES). O objetivo do projeto, que tem apoio do Instituto Tecnológico da Vale (ITV) e de profissionais da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), é a destinação sustentável dos resíduos plásticos gerados no terminal.
 
Segundo a mineradora, o projeto consiste em desenvolver um supressor de pó por meio de uma resina gerada pela reciclagem química de diversos tipos de plásticos. A diferença desse produto, de acordo com a Vale, é que, por ser modificado quimicamente para retornar à estrutura básica, deixa de ter os agressores normais que impactam o meio ambiente.
 
“Com isso, evitam-se problemas ambientais que materiais como as garrafas pets, sacolas plásticas, copinhos e outros resíduos industriais podem causar. Outra vantagem é que a cor do resíduo plástico não influencia no processo, possibilitando a reciclagem de quaisquer tipos desses materiais, o que não acontece na reciclagem de plástico convencional”, afirmou a mineradora em nota à imprensa nesta sexta-feira (15).
 
A Vale e a Ufes trabalham no projeto desde 2013. Até então, foram obtidas as patentes de dois produtos: o supressor de pó preparado do polímero PET e também com o polipropeno e poliestireno, substâncias obtidas da reciclagem de copos e sacolas plásticas. Segundo a geóloga ambiental Renata Frank, essa é uma possibilidade de tornar a operação da mineradora mais sustentável.
 
“A curto prazo, a nossa ideia é reaproveitar os resíduos plásticos gerados, que não são poucos. Só nos nossos restaurantes do Complexo Tubarão consumimos mais de vinte e um mil copos plásticos por dia”, afirmou.
 
A Vale disse que o próximo passo é iniciar a fase dos testes de campo, que permitirão o aperfeiçoamento da fórmula, adaptando-a às necessidades da empresa. Entre as mudanças, está a inclusão de uma cor no material, a fim de facilitar a visualização da área aplicada. “Futuramente, pretendemos também envolver catadores de lixo e a população”, disse a geóloga ambiental.
 
A previsão é que o polímero possa ser incorporado à operação da mineradora em 2017 ou 2018.
 
Notícias de Mineração Brasil
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