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As pesquisas geológicas da Vale em Minas Gerais para explorar os metais de terras-raras vão concentrar boa parte do programa de investimentos da companhia no estado, este ano, de US$ 3 bilhões (R$ 5,6 bilhões pelo câmbio de ontem de R$ 1,873). A mineradora está trabalhando em estudos de viabilidade econômica para produzir esse conjunto de 17 elementos nos municípios de Araxá e Patrocínio, no Alto Paranaíba, com a meta de entrar nesse mercado dentro de três anos, informou ontem, em Belo Horizonte, o presidente da empresa, Murilo Ferreira.
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“Temos uma infraestrutura em Minas que nos auxilia muito nesses projetos. Em alguns lugares, concorrentes importantes de terras-raras não contam com o benefício de já ter uma planta industrial estabelecida. No nosso caso, isso reduz o tamanho dos investimentos e facilita a entrada em operação mais rápido”, disse Murilo Ferreira, durante o lançamento no Memorial Minas Gerais, mantido pela mineradora, do livro-catálogo Minas Gerais–Vale. Insumos considerados estratégicos para a indústria de alta tecnologia no mundo, os metais de terras-raras têm altíssima intensidade magnética que permite a fabricação de superímãs, telas de tablets, computadores e celulares, fertilizantes e combustíveis.
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A China detém 95% da oferta mundial, que alcança 120 mil toneladas por ano e movimenta US$ 5 bilhões anuais. Em Minas, a Vale descobriu recentemente uma reserva na mesma região do seu projeto de exploração de fosfato em Patrocínio. O presidente da empresa já havia revelado que tem conversado com investidores que desejam se associar à mineradora no desenvolvimento da produção de terras-raras.
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Com as pesquisas e estudos em curso, o objetivo, de acordo com Murilo Ferreira, é começar a ofertar o produto em 2015. “Precisamos dar uma resposta a clientes fora do Brasil que estão muito interessados”, afirmou o executivo. Ele preferiu não detalhar o cronograma dos planos da empresa para a nova área de exploração mineral, mas destacou que se trata de um segmento estratégico no programa intenso de pesquisa mineral da companhia este ano.
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Os investimentos da Vale em Minas respondem por cerca de 23% do total de US$ 12,9 bilhões que a companhia deverá aplicar no Brasil em 2012. Entre os planos mais importantes no estado, Ferreira aponta o chamado projeto Salitre, para exploração de fosfato em Patrocínio, a expansão da unidade de produção de matéria-prima para fertilizantes em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e a ampliação da extração de minério de baixo teor de ferro, a chamada geração de minério 3.0, em Itabira, berço da companhia em Minas.
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Dívida ainda aguarda solução com governo
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O Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) informou ontem que foi adiada por 60 dias uma tentativa de acordo com a Vale sobre o pagamento de uma dívida de R$ 4,7 bilhões referentes ao pagamento a menor de royalties devidos sobre a exploração de minério de ferro em Minas Gerais. A negociação com uma comissão de técnicos criada com este fim já sofreu adiamentos.
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O débito foi apurado em ações de fiscalização do DNPM em meados dos anos 2000.
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Fonte: Estado de Minas
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