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A Vale está reavaliando o projeto de potássio Rio Colorado, na Argentina, um dos maiores empreendimentos já aprovados pelo seu Conselho de Administração. O valor do empreendimento é de US$ 5,9 bilhões, com investimento total executado de US$ 1,1 bilhão.
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A produtora de minério de ferro, que espera se tornar um dos principais fornecedores de fertilizantes nos próximos anos, decidiu revisar o projeto devido a preocupações com inflação, incertezas políticas e temores com relação a impostos, infraestrutura e à política cambial, disse nesta quinta-feira o presidente da Vale, Murilo Ferreira.
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Com a nova posição, o projeto que era considerado definitivo e com obras em andamento tem um cenário incerto.
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O executivo afirmou que a empresa já estava reavaliando o projeto antes mesmo da expropriação da YPF, petrolífera controlada pela Repsol. A decisão provocou uma crise sem precedentes entre Argentina e Espanha, além de levantar incertezas entre as multinacionais que atuam no país.
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“Nós já estávamos fazendo uma verificação por conta de uma potencial explosão inflacionária prevista pelos analistas quando aconteceu esse evento político. Esse evento político é mais um elemento de preocupação para nós, mas ele não é exclusivo nem foi o detonador da situação”, disse Ferreira a jornalistas.
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Com previsão de entrada em operação no segundo semestre de 2014, Rio Colorado teve investimentos iniciais previstos em mais de US$ 4 bilhões.
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“Temos um elenco de situações em relação ao porto, à ferrovia, à atual politica cambial, a impostos, tem uma serie de elementos”, acrescentou Ferreira.
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PREOCUPAÇÃO
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O projeto de potássio da Vale poderia converter a Argentina em um dos cinco maiores produtores globais do produto, matéria-prima importante para a produção de fertilizantes.
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“Temos o dever de levar a nosso Conselho de Administração permanentemente todos os assuntos que estejam sofrendo alteração do que tenha sido apresentado anteriormente. Portanto esse projeto foi aprovado, eu não estava aqui ainda [na presidência da Vale], mas é meu dever de ofício fazer atualização sobre isso”.
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O anúncio da Vale sobre a reavaliação do projeto ocorre quase um ano depois de a província de Mendoza, onde estão as reservas de potássio, ter suspendido o empreendimento. Os motivos para a suspensão seriam que a mineradora não teria cumprido alguns itens contratuais, como a realização de compras locais e a contratação de trabalhadores na região.
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Posteriormente, houve um acordo para a Vale seguir adiante com o projeto, que compreende o desenvolvimento de reservas com com capacidade de 4,3 milhões de toneladas de potássio por ano. O projeto prevê também a construção de uma ramal ferroviário de 350 km e instalações portuárias.
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A meta da Vale é se tornar um dos quatro maiores fornecedores de fertilizantes, com projetos também no Brasil, Peru e Canadá.
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A empresa acaba de formalizar acordo com a Petrobras para explorar jazidas em poder da estatal e produzir mais 1,2 milhão de toneladas da matéria-prima no Sergipe.
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Fonte: Folha de S. Paulo
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