Vanstar vai comprar projeto de ouro em Goiás
30 de junho de 2016
O projeto Cristalina tem vários prospectos incluindo Águas Claras, Metago e Susy em uma área de 24.000 hectares
A mineradora canadense Vanstar Resources disse ontem (29) que assinou uma carta de intenções com a Merrygold Investments para adquirir 100% do projeto de ouro Cristalina em Goiás.
O projeto Cristalina tem vários prospectos incluindo Águas Claras, Metago e Susy em uma área de 24.000 hectares. O principal prospecto, Águas Claras, contém zonas anômalas de ouro definida por estudos geoquímicos de solo e rochas ao longo de uma área de três quilômetros de comprimento por 500 metros de largura.
“Várias amostras de rochas foram coletadas nessas áreas revelando teores de ouro superiores a 18 g/t Au. Essas ocorrências estão hospedadas em saprólitos de ouro de baixo teor em um ambiente contendo camadas de quartzo com alto teor de ouro”, diz o comunicado enviado hoje ao mercado, uma vez que a Vanstar tem ações negociadas na Bolsa de Valores de Toronto.
O objetivo primário do projeto é estabelecer a razão quartzo/saprólito para definir o teor por tonelada de minério. Será necessário abrir uma série de trincheiras com comprimento de 500 metros ao longo da zona de ouro para inferir essa razão. A companhia disse também que vai conduzir testes de amostragem.
Cristalina está localizado perto de estradas federais e em um Estado favorável ao desenvolvimento da mineração, diz a empresa em nota. O município de Cristalina (GO) tem quase 240 direitos minerários ativos, sendo que 58 deles são para a pesquisa ou lavra de ouro.
O projeto Cristalina tem similaridades geológicas com a mina de Paracatu, a maior mina de ouro do Brasil, que pertence à Kinross e está em operação desde 1987. Esse depósito de ouro, diz a Vanstar, contém cerca de 690 milhões de toneladas de minério com baixo teor e já produziu mais de 475.000 onças de ouro em 2015. “O projeto Cristalina está localizado no mesmo corredor geológico que a mina de Paracatu”, diz a mineradora canadense.
A Vanstar assinou uma carta de intenções não vinculativa para comprar 100% do empreendimento. Segundo a mineradora, serão pagas as despesas incorridas pela Merrygold no projeto até o momento, 45.000 dólares canadenses. Essa empresa pertence ao geólogo Charles Beaudry, que tem longa experiência em projetos de exploração no Brasil, onde morou por cinco anos.
Também serão emitidos em favor do vendedor 250.000 opções de compra a um preço a ser determinado na data de fechamento do negócio. O vendedor vai ter direito a 2% em royalties do tipo net smelter return (NSR), incorrido sobre a produção, dos quais 1% podem ser comprados de volta, a critério da Vanstar, por 500.000 dólares canadenses.
Pelo acordo, a Vanstar vai ficar com a totalidade das ações da subsidiária canadense que, por sua vez, detém 90% da empresa brasileira que detém os direitos minerários do projeto Cristalina. A gestão do empreendimento ficará a cargo de Beaudry, como presidente e CEO da subsidiária canadense e da empresa brasileira. A Vanstar tem até 30 de setembro para concluir uma auditoria técnica (due dilligence, em inglês).
O principal projeto da Vanstar é o Nelligan, de ouro, no Canadá.
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