VANT Maptor, Tecnologia Catarinense pode ser aplicada em Mineradoras
20 de junho de 2016
A tecnologia embarcada em VANTs facilita e permite fazer estudos que não poderiam ser realizados sem o equipamento na área de mineraçãorn
As Mineradoras, um dos segmentos mais perigosos para se trabalhar, ganham um aliado que pode contribuir muito no resultado das operações.
A tecnologia embarcada em VANTs (Veículos Aéreos não tripulados) facilita e permite fazer estudos que não poderiam ser realizados sem o equipamento na área de mineração.
Através da ortofoto é possível realizar inspeções visuais, como localização de maquinário, análise de falhas no relevo e otimizar o planejamento de rotas de extração. Com voos frequentes é possível fazer um time lapse para acompanhar a mineração e fazer previsões para o futuro com base em dados precisos.
Foi pensando em facilitar o trabalho, por vezes difícil, tanto na área da mineração com o em outros segmentos da economia que a Empresa Horus Aeronaves nasceu, com o projeto do VANT Isis, uma aeronave começou a ser desenvolvida em 2014 pelos Engenheiros Mecânicos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Fabrício Hertz, Lucas Bastos e Lucas Mondadori, todos com experiências previas em projetos aeroespaciais. Eles queriam desenvolver um Veículo Aéreo não Tripulado, programado por GPS, feito em fibra de carbono, um diferencial no mercado, que sendo assim pesaria menos, seria mais resistente e proporcionaria mais autonomia de voo. O Vant Isis, que pesava somente 1.300 Kg e com autonomia de 1 h e obteve ótimos resultados em 2015. Entretanto, a inovação sempre foi buscada por estes engenheiros e no final de 2015, após muitos estudos, pesquisas, empenho e dedicação, desenvolveram uma nova aeronave. Com maior autonomia de voo, 1h e 20 minutos, e com software próprio de planejamento de voo, nasceu o Maptor, o novo Vant da Horus.
Equipada com câmeras de alta resolução de 20 mp e sensor multiespectral, a aeronave pesa apenas 1.400 gramas, incluindo o peso da bateria e câmera. Sua missão é obter uma imagem em altíssima definição, a Ortofoto, que auxilia no monitoramento de grandes extensões de terra. É programada via GPS, não precisa de operador e também é construída em fibra de carbono (um diferencial no mercado de drones), o que lhe dá mais leveza, resistência e maior autonomia de voo. Cobre áreas de até 2.000 hectares por voo e atinge uma resolução de até 2,3 cm/pixel.
Algumas de suas aplicações na Mineração:
– Medição de volume de poços: Erro médio de aproximadamente 2%.
– Cortes no relevo para medição de alturas e distâncias.
– Medição da área e perímetro do local desejado: os valores podem ser convertidos para unidades desejadas automaticamente pelo software. A área desejada pode ser desenhada facilmente no mapa.
– Determinação de curvas de nível da região inteira ou área determinada, planejamento de rotas .Espaçamento entre as curvas de nível podem ser alterados, e contornos podem ser suavizados para que o resultado seja mais limpo e uniforme.Atualização de softwares com imagens de satélite. É possível integrar a imagem (ortofoto) nesses softwares, geralmente desatualizados.
– Planejamento de rotas: com a geração de uma ortofoto em 3D é possível movimentar e explorar essa ortofoto para melhor entendimento do relevo e acidentes geográficos para a otimização do planejamento de rotas e tráfego do maquinário.
– Localização de máquinas: através de inspeção visual da ortofoto é possível localizar máquinas no pátio de extração de minério.
Ainda podemos destacar a flexibilidade, pois o VANT pode ser utilizado para diversas aplicações na área de mineração que hoje utilizam métodos muito mais complicados para realizar as mesmas tarefas. Trata-se de umainovação na área pois o VANT permite fazer estudos na mineração que sem ele não seriam possíveis, otimizando assim o plano de extração da matéria prima. E ainda há a precisão pois as informações extraídas das imagens tratadas possuem erros muito pequenos se comparados com outros métodos de medições. Aproximadamente 3 centímetros nos eixos X e Y, 10 centímetros no eixo Z e aproximadamente 2% no cálculo de volume.
Os Drones Isis e Maptor são aliados eficazes em várias áreas importantes. Vale lembrar que ao longo do ano de 2014 a Hórus Aeronaves foi contemplada pelos programas de empreendedorismo Sinapse da Inovação IV, Senai Inovação e Inovativa Brasil. Em 2015, foram convidados para participar com apresentação do seu Case de Sucesso no evento de lançamento do InovAtiva Brasil em Santa Catarina, que destacou a Hórus Aeronaves como sendo a pioneira na fabricação de drones em Santa Catarina. Mais recentemente, a Horus Aeronaves foi uma das dez empresas selecionadas pelo Programa de Aceleração Darwin Starter, que aconteceu em Florianópolis.
Em outubro de 2015 a Horus participou da Drone Show LatinAmerica 2015 realizada pelo MundoGeo, a primeira feira de Drones na América Latina que aconteceu em São Paulo. A Feira foi um sucesso para a Horus e aumentou a visibilidade da empresa com o retorno de bons negócios.
Horus também foi convidada a participar da Drone Show 2016 que aconteceu em maio de 2016 em São Paulo, onde apresentou ao público pela primeira vez a nova aeronave Maptor.
Em 2016, mesmo com a crise financeira, a empresa abriu o ano em alta e expandiu seu espaço, triplicou a contratação de funcionários, tem recebido várias solicitações de orçamentos e tem projeção de aumentar cinco a seis vezes mais suas vendas.Uma ótima notícia para o mercado de drones, tecnologia promissora e que deve contribuir, facilitar e otimizar vários segmentos econômicos do País, como mineração, agricultura, agrimensura, topografia entre outras.
Assessoria