Veto da China não parou meganavios da Vale, diz diretor
6 de setembro de 2012
rnPlanos da empresa para seus Valemax não foram interrompidosrnO veto da China aos navios gigantes da Vale não interrompeu os planos da empresa para seus Valemax e cerca de 70% das cargas entregues pela mineradora no país es
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Planos da empresa para seus Valemax não foram interrompidos
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O veto da China aos navios gigantes da Vale não interrompeu os planos da empresa para seus Valemax e cerca de 70% das cargas entregues pela mineradora no país estão sendo realizadas por meio de embarcações próprias ou contratadas a longo prazo, afirmou um alto executivo da companhia.
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Com a ajuda do governo brasileiro, a Vale continua trabalhando para tentar liberar a entrada dos seus navios de capacidade de 400 mil toneladas de minério de ferro nos portos chineses, afirmou o diretor-executivo de Ferrosos e Estratégia da mineradora, José Carlos Martins.
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Mas, paralelamente, a companhia está avançando na construção de infraestrutura capaz de receber os Valemax em países próximos ao seu maior comprador de minério –um plano B aos portos da China.
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“Os navios foram feitos para ir para a China e é lá que darão o maior retorno. Mas se não for possível –a Vale não investiu tanto para ficar presa às autoridades chinesas– vamos para onde poderemos ir… tudo até 2013”, afirmou o executivo, em entrevista à Reuters.
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A Vale decidiu encomendar os maiores mineraleiros do mundo para reduzir custos de transporte do minério de ferro considerando que a maior parte de suas exportações tem a Ásia como destino —-e a distância é uma desvantagem em relação a suas maiores concorrentes, que produzem na Austrália.
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A China, porém, anunciou, no começo deste ano, que não permitiria a entrada dos navios. O governo chinês alegou motivos de segurança e necessidade de adequação dos portos aos novos navios, em meio à pressão da indústria naval, temerosa da concorrência da Vale, para vetar as embarcações.
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Estação fluturante
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A mineradora planeja concluir nos próximos meses a segunda estação de transferência de minério de ferro, flutuante, que poderá ser instalada nas Filipinas. Segundo Martins, a empresa ainda não concluiu as negociações para a definição do local. A primeira estação também está no país asiático.
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Até o próximo ano a mineradora pretende ainda terminar a construção do centro de distribuição de minério na Malásia. “Com a entrada em operação das duas estações de transferência, os portos que nós já homologamos para receber os Valemax, mais o centro de distribuição, teremos capacidade de trabalhar com toda a frota que está sendo construída.”
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A Vale encomendou a construção de 35 Valemax, dos quais 14 já foram entregues. Do total da frota, a mineradora firmou contratos de arrendamento de longo prazo para 16. Outros 19 navios serão operados pela própria Vale. Boa parte dos navios será construída na própria China.
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Batizado de Vale Minas Gerais, o 14o Valemax foi carregado no final de agosto com minério no porto de Ponta da Madeira para chegar ao Porto de Villanueva, em Mindanao, nas Filipinas.
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Até agora, os Valemax atracam nos portos de Tubarão e Ponta da Madeira (Brasil), Taranto (Itália), Roterdã (Holanda), Sohar (Omã) e Oita (Japão), além de também atracarem na estação flutuante de transferência de minério em Subic Bay, nas Filipinas. O porto em Mindanao, portanto, torna-se um novo destino portuário na região.
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Martins afirma que graças aos navios próprios e contratados, inclusive os Valemax, a empresa pode garantir a continuidade da entrega de minério de ferro com ritmo próprio.
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“Estamos em uma posição confortável que nos permite reduzir o ritmo de entrega sem paralisação, ao contrário do que ocorreu no passado”, afirmou.
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Fonte: MÃdia News