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ArcelorMittal se equilibra entre aços planos e longos

8 de maio de 2013

Criada em 2005, a ArcelorMittal Brasil possui capacidade total para a produção de 13 milhões de toneladas anuais e é a maior produtora de aços planos e longos da América Latina. Com 17 mil funcionários

Criada em 2005, a ArcelorMittal Brasil possui capacidade total para a produção de 13 milhões de toneladas anuais e é a maior produtora de aços planos e longos da América Latina. Com 17 mil funcionários e 32 unidades industriais no Brasil, Argentina e Costa Rica, a empresa faz parte do grupo ArcelorMittal, maior produtor mundial de aço, com operações em 60 países e 6% da produção global.

No Brasil, a companhia possui fontes próprias de matérias-primas e ampla rede de distribuição. Além disso, a empresa está presente no mercado brasileiro em atividades diversas, como mineração, autogeração de energia e produção de carvão vegetal, entre outras.

Atualmente, a empresa vive o contraste entre suas operações de aços planos e longos. Enquanto a primeira sofre com a crise mundial da indústria siderúrgica e seus desdobramentos no Brasil, a segunda vai bem, apesar de tudo, operando acima dos 90% da capacidade de produção. O principal motivo para o bom desempenho, a despeito do cenário internacional negativo e do baixo crescimento da indústria brasileira, é o impulso do mercado nacional de construção civil e de obras de infraestrutura.

E a empresa soube aproveitar o bom momento do setor, principal consumidor de aços longos. Com capacidade para produzir 6,5 milhões de toneladas por ano de laminados e 1,5 milhão de toneladas de trefilados, a ArcelorMittal Aços Longos é a maior fabricante do país nesse segmento. A subsidiária possui quatro usinas em Minas Gerais, duas unidades em São Paulo e uma no Espírito Santo, especializadas na produção de fio-máquina para aplicações na indústria e uso geral, e de laminados para construção civil e trefilados.

Além disso, atua em parceria com o grupo belga Bekaert no setor de trefilados, com unidades em Minas, São Paulo e Bahia e também é líder mundial na produção de arames para aplicações industriais, na agropecuária e na construção civil. A operação de aços longos ainda inclui a produção de fio-máquina para steel cord (cordonéis de aço para pneus radiais), segmento no qual a subsidiária de aços longos da ArcelorMittal Brasil é líder em todo o mundo.

Segundo o presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho, a tendência continua positiva no mercado brasileiro de aços longos em 2013. Ele explica que tradicionalmente as operações de aços longos da companhia sempre estiveram muito mais voltadas para o mercado doméstico do que para a exportação. “Por isso mesmo, foram bem menos afetadas pela crise internacional”, diz o executivo. As vendas externas limitam-se a países vizinhos, onde a empresa consegue tirar proveito de sua proximidade geográfica.

Para 2013, o cenário do mercado doméstico de aços longos é moderadamente otimista.
“A demanda continua em alta, com as obras da Copa do Mundo, da Olimpíada, o PAC, os projetos de infraestrutura e o programa Minha Casa Minha Vida”, enumera Baptista. “Estamos mais otimistas este ano no setor de aços longos do que estávamos em 2012, mas precisamos esperar um pouco mais para fazer uma avaliação mais segura.”

A cautela nas projeções também é uma forma de evitar frustrações com os altos e baixos da economia nacional. Especialmente depois do baixo crescimento do PIB brasileiro no ano passado, decepcionante para o setor siderúrgico, que apostava em números bem mais robustos. “Também tivemos um bom começo no primeiro trimestre de 2012 e depois o crescimento desandou”, lembra Baptista. “Por isso é melhor esperar.”

Baptista elogia algumas medidas do governo, que segundo ele começam a fazer efeito para o setor, especialmente iniciativas de incentivo à atividade da indústria, como a manutenção dos cortes no IPI para vendas de automóveis. Na prática, afirma o presidente da empresa, o comportamento do setor siderúrgico no segundo semestre vai depender da continuidade dessas ações de estímulo à economia.

Apesar disso, mesmo no segmento de aços longos, que vem tendo uma boa performance, a ArcelorMittal é cautelosa em seus investimentos. “Estávamos planejando a duplicação da capacidade da nossa usina em João Monlevade (MG) para 1,2 milhão de toneladas anuais, mas suspendemos esse e outros projetos para esperar melhores condições no mercado global de aço”, conta Baptista. Apesar disso, o adiamento dos projetos da ArcelorMittal Brasil deve ser apenas temporário. “Já ficou claro, na apresentação dos resultados do ano passado, que o país continua a ser uma prioridade para a estratégia global da ArcelorMittal”, afirma o executivo.

Segundo Baptista, o excesso de capacidade global da indústria siderúrgica, que chega a meio bilhão de toneladas por ano, deprime os preços dos produtos de aço em geral. “Temos uma capacidade instalada de 1,7 bilhão de toneladas anuais para um consumo global de apenas 1,2 bilhão de toneladas”, explica. “Trata-se de um cenário que reduz a rentabilidade da indústria de toda a indústria do aço, especialmente das exportações, e isso independe do país em que estão localizadas as usinas”, conclui.
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Fonte: Valor Econômico

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