Para que o setor minero-metalúrgico cresça de forma sustentável, inovação é um dos temas fundamentais que precisam estar na agenda dos executivos da área. De acordo com o Índice Global de Inova&
Para que o setor minero-metalúrgico cresça de forma sustentável, inovação é um dos temas fundamentais que precisam estar na agenda dos executivos da área. De acordo com o Índice Global de Inovação de 2013, o Brasil ocupa o 64º lugar no ranking que avaliou atividades relacionadas à inovação nas instituições levando em conta critérios como capital humano, pesquisas na área, aprimoramento das competências na empresa, além de conhecimento, tecnologia e resultados criativos de 142 países. Nosso país fica atrás de importantes concorrentes na área mineradora: Austrália, que está na 19ª posição, e China, que ocupa a 35ª.
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Apesar de o Brasil figurar em uma posição desfavorável se comparada a esses países, a principal mineradora do país obteve destaque no ranking como uma das companhias nacionais que mais investem em inovação: ela foi avaliada como a 98ª e destinou R$ 1,1 bilhão a pesquisa em novas tecnologias em 2012 (para produzir esse ranking, foram avaliadas 2 mil empresas). Esse dado indica que empresas do setor no Brasil estão dando início a um longo processo para aprimorar os conhecimentos e investir em inovação para competir de igual para igual com as concorrentes de todo o mundo.
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O Brasil é prioritariamente um produtor de minério de ferro, o que, por conseqüência, não contribui para o foco no desenvolvimento tecnológico em outras commodities. Além disso, a dificuldade de investimento não está somente associada à inovação, o país é um dos que menos investem em exploração mineral, com apenas 3% do total investido, enquanto países como Austrália e Canadá dedicam, respectivamente, 12% e 19% de seus investimentos à exploração, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
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Um dos principais desafios observados na indústria da mineração e siderurgia do país são os investimentos em novas tecnologias para utilizar racionalmente a energia. Com a crise energética que ocorre devido à escassez de água nos últimos meses, descobrir novas fontes energéticas, como as oriundas da reciclagem ou o uso das energias solar e eólica, deverá estar na pauta de todas as empresas.
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Inserir centros de pesquisas dentro das próprias companhias ou realizar parcerias com universidades para a descoberta de novos produtos e mecanismos que possam modificar o descarte de resíduos são opções a serem avaliadas. O setor público também tem estimulado as empresas a investir em inovação, como o programa lançado no ano passado pelo governo federal, o “Inova Empresa”, que vai aplicar R$ 32,9 bilhões em novas tecnologias nos próximos anos. Além disso, por meio de incentivos fiscais da Lei do Bem, as empresas podem investir em novas tecnologias e aprimorar os conhecimentos em território nacional.
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Os incentivos são importantes, mas as empresas devem estar conscientes de que já é tempo de se preocupar com pesquisas e investimentos em inovação. O setor no Brasil ainda é muito tradicional e precisa atingir os parâmetros globais de tecnologia. Assim, será possível se manter em um cenário que evolui constantemente.
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* Sócio e líder da área de Mineração da PwC Brasil ** Gerente da mesma área na empresa
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Ronaldo Valiño* e Felipe Gomes**
Fonte: Ronaldo Valiño* e Felipe Gomes**
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