Austrália pode perder competitividade na Ásia, alertam executivos
1 de agosto de 2012
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Problemas de infraestrutura, regulação extremamente rigorosa e cadeias de abastecimento caras são gargalos do agro australiano
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O papel da Austrália como fornecedora de alimentos à classe média emergente da Ásia está ameaçado devido a problemas de infraestrutura, regulação extremamente rigorosa e cadeias de abastecimento caras, disseram nesta terça-feira executivos de duas das maiores empresas exportadoras do país.
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Philippa Purser, diretora-gerente da Cargill para a Austrália, disse que os altos custos trabalhistas e operacionais e o fortalecimento do dólar australiano estão ameaçando as perspectivas de exportação do país nos mercados em crescimento e sensíveis aos preços como a Ásia e o Oriente Médio.
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Espera-se que a demanda por alimentos cresça nas próximas décadas e a Austrália precisa crescer mais rápido nessas regiões tornando-se mais competitiva se não quiser perder espaço para concorrentes como os Estados Unidos e a região do Mar Negro, disse Philippa.
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“Em nossas unidades de processamento de oleaginosas na Austrália, os custos são mais altos do que em qualquer lugar do mundo”, disse. “A cadeia de suprimentos não é tão eficiente como deveria e acho que é um risco real que continua.” A Austrália se destaca no comércio mundial de grãos, exportando cerca de 60% de sua produção anual. Cada vez mais, o trigo australiano abastece o setor de carne bovina que alimenta a classe média na China, Coreia do Sul e Indonésia.
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Países como Rússia e Ucrânia têm aumentado sua participação no comércio global de grãos e o boom da mineração deve manter o dólar australiano em níveis historicamente altos. Assim, mesmo a proximidade da Austrália da Ásia pode não ser suficiente para garantir a competitividade dos agricultores. A executiva-chefe da GrainCorp, Alison Watkins, disse que a Austrália seria muito mais competitiva se a regulação fosse menos rígida para atrair o investimento estrangeiro.
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Alison disse apoiar um projeto de lei que está sendo debatido no Parlamento e que eliminaria elementos da regulação herdados da época em que foi abolido formalmente o monopólio das exportações de trigo no atacado em julho de 2008, para facilitar a entrada de exportadores no setor e desenvolver relações de oferta de longo prazo, assim como expandir a infraestrutura dos portos.
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Atualmente, embarques podem ficar retidos em gargalos de infraestrutura. “Estaria muito mais confiante em investir num ambiente com regras menos rígidas do que temos hoje.” As informações são da Dow Jones.
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Fonte: Sou Agro