rnImpulsionado pelo avanço das cotações do cobre no mercado internacional, o setor que engloba condutores elétricos e a cadeia de cobre acumulou faturamento recorde em 2011, de US$ 8,7 bilhões. O crescimento de 12%
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Impulsionado pelo avanço das cotações do cobre no mercado internacional, o setor que engloba condutores elétricos e a cadeia de cobre acumulou faturamento recorde em 2011, de US$ 8,7 bilhões. O crescimento de 12% ante os resultados de 2010 foi guiado pelos segmentos de condutores elétricos – que ganharam força com as obras de infraestrutura do governo – e de concentrado de cobre. Em volume, porém, o setor apresentou baixo crescimento, com a maior parte da cadeia registrando produção constante ou em queda. E esse cenário vem se arrastando para este ano. No primeiro trimestre, a indústria do cobre continuou sentindo o ambiente de negócios fraco.
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“No geral, o setor foi bem nos resultados financeiros. Mas, os segmentos que agregam valor na cadeia do cobre, como os semimanufaturados e suas ligas, tiveram queda de produção. O desempenho foi prejudicado principalmente pela importação de produtos finais”, afirmou Valdemir Romero, diretor do Sindicel, entidade que representa o setor em São Paulo.
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Segundo dados divulgados com exclusividade ao Valor, os produtores de fios e cabos elétricos foram os que trouxeram força para os resultados de 2011. Enquanto o faturamento do segmento de condutores elétricos de cobre cresceu 15%, para US$ 2,96 bilhões, o de condutores de alumínio avançou 33%, para US$ 649 milhões. Na área do cobre, os resultados foram puxados pela demanda da construção civil, que apesar do menor crescimento, continuou com um bom desempenho. Já no alumínio, os ganhos vieram dos investimentos governamentais em transmissão realizados no ano passado.
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O segmento de concentrado de cobre – com empresas importantes como Mineração Caraíba, Yamana Gold e Vale – também ganhou em faturamento, saindo de US$ 1,640 bilhão para US$ 1,967 bilhão. Com o valor médio do cobre na Bolsa de Metais de Londres (LME) avançando 16,5% no ano passado, os preços foram essenciais para os resultados.
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Já os transformadores não apresentaram tal melhora no desempenho. Enquanto o faturamento do segmento de semimanufaturados cresceu 6%, o de cobre refinado recuou 1,3%. “As importações têm penalizado muito, principalmente em tubos e barras”, afirmou o vice-presidente da Paranapanema, Wilson Nunes. A empresa produz desde o cobre primário, até os semielaborados, como os tubos, laminados, barras e conexões de cobre.
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As importações realmente entraram com força no segmento de semimanufaturados no ano passado, avançando 30%, para US$ 318,6 milhões. Os condutores elétricos também se destacaram, com alta de 22,3%, para US$ 677,7 milhões. No cobre refinado, além das compras externas (que se mantiveram em alto patamar), o problema foi uma forte queda nos estoques – indicando que as empresas tinham acúmulo da matéria-prima.
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A entrada dos produtos prontos no Brasil também foi uma das causas de pressão sobre a produção efetiva dos fabricantes de condutores e da cadeia do cobre. O levantamento do Sindicel mostra que a produção avançou apenas 3% em 2011, para 946 mil toneladas, se mantendo estável ou caindo em todos os segmentos, com exceção dos condutores de alumínio.
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“Nem sempre o resultado financeiro, como o faturamento, retrata o crescimento do setor, pode apenas refletir o câmbio e as cotações dos metais. Os volumes de produção têm caído, diante também de um consumo nacional mais conservador”, afirmou Regina Celi Venâncio, diretora-presidente da metalúrgica de cobre Termomecânica. O levantamento revelou ainda que houve recuo na quantidade que a indústria brasileira transforma de cobre, de 407 mil toneladas para 397 mil toneladas. A competição com materiais substitutos ao cobre, como o alumínio, que pode ser usado em algumas aplicações, como tubos para produtos de linha branca, também é um fator de pressão sobre a produção do setor.
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Segundo Regina, esse cenário ainda não mudou. O início do ano foi fraco em vendas e os preços da commodity no mercado internacional ainda estão em patamares baixos na comparação com o ano passado. Na LME, a cotação do cobre no primeiro trimestre avançou 11,2%, fechando o pregão de ontem aos US$ 7.829,00.
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“Em abril já houve alguma melhora na cadeia dos pedidos, mas nada que garanta que seja sustentável. Pode ser apenas reposição de estoque e ainda temos de esperar para tirar alguma conclusão”, explicou a executiva.
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Para 2012, o Sindicel projeta crescimento de 5% no volume de produção do setor, resultado que deve ser guiado pelas obras de infraestrutura do governo. “Este ano deve ser melhor”, ponderou o diretor do Sindicel.
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Fonte: Valor Econômico
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