Demanda chinesa impulsiona preço do minério de ferro
18 de dezembro de 2012
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Os preços do minério de ferro atingiram o maior patamar em cinco meses, sinal de que a demanda das siderúrgicas chinesas – principais compradoras internacionais do produto – se recuperou. Os estoques, que estavam em excesso e contiveram o mercado em meados deste ano, agora diminuíram.
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O preço referencial para o minério de ferro entregue na China – com 62% de teor de ferro – subiu para o maior patamar desde meados de julho, para US$ 132,75 por tonelada, de acordo com a agência Platts, especializada em preços.
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A commodity, usada na produção de aço, está quase 50% acima do valor mínimo de US$ 88,75, observado no início de setembro.
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O mercado também foi impulsionado por melhores notícias econômicas. A alta em dezembro do índice HSBC Flash PMI do setor industrial da China para os 50,9 pontos, maior nível em 14 meses, aumentou a confiança entre as comercializadoras do produto.
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Analistas da Macquarie disseram que as variações de preço do minério de ferro representam uma “recuperação clássica em forma de V” e refletem o processo de declínio e aumento da demanda.
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As usinas chinesas haviam visto seus estoques aumentarem neste ano depois de a demanda do setor de construção civil, crucial para as siderúrgicas, ter perdido força.
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Colin Hamilton, chefe de análise de commodities na Macquarie, em Londres, disse que as siderúrgicas chinesas de menor escala, que haviam esgotado seus estoques, agora se reabasteceram.
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Os estoques que eram suficientes para 17 dias de consumo em setembro, quando o preço caiu abaixo de US$ 90, recuperaram-se para um nível mais normal, de 28 dias, segundo o analista. Isso deixou em dúvida se a alta nos preços do minério de ferro em relação aos atuais níveis pode ter grande força.
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“A alta dos preços do minério de ferro em relação aos níveis atuais baseada só no reabastecimento é limitada”, disse, prevendo preço médio de US$ 140 por tonelada para o primeiro trimestre.
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A recuperação serve de alívio para as grandes mineradoras com forte exposição à commodity, como a brasileira Vale, a Rio Tinto, com ações em Londres, a BHP Billiton e Anglo American, e para comercializadoras japonesas, como a Mitsui & Co.
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Apesar da recuperação do minério de ferro, os preços internacionais do carvão de coque, também usado na produção de aço, continuam moderados, segundo analistas.
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Recentemente, mineradoras fecharam contratos a cerca de US$ 165 por tonelada para o carvão de coque da Austrália, referência do mercado, abaixo dos atuais preços no mercado doméstico chinês, de aproximadamente US$ 180 por tonelada.
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Analistas disseram que os preços internacionais do carvão de coque poderiam subir nos próximos meses para US$ 190 a US$ 200 por tonelada. “O carvão metalúrgico é um mercado que corre atrás”, disse Hamilton.
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Fonte: Valor Econômico
