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Ações das maiores mineradoras caem depois de alerta de queda de consumo da China
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Os sinais de desaquecimento da demanda por minério de ferro da China castigaram ontem as ações da Vale, líder mundial na produção do insumo. Na Bolsa de Valores de São Paulo, os papéis ON da mineradora fecharam com queda de 1,53%.
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A reação dos investidores tem como pano de fundo o fato de boa parte dos planos de investimentos das grandes mineradoras estar ancorada na demanda chinesa. A China responde por cerca de 60% do minério de ferro comercializado no mundo.
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Esse maior apetite por matérias-primas da China foi o grande responsável pelo resultado da Vale em 2011. Sozinha, a China comprou 44% de todo o minério vendido pela companhia. Mas esse porcentual já chegou a 66,5% no início de 2009, durante o auge da crise internacional.
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Os números mostram a importância da China para o mercado. Por isso, a reação dos investidores foi mais forte ao alerta feito ontem pela australiana BHP, principal concorrente da mineradora brasileira. Ontem, o presidente da divisão de minério de ferro da BHP, Ian Ashby, admitiu que a demanda chinesa pelo insumo está se “achatando” e, por isso, a companhia reavaliará os planos de investimento.
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Um cenário bem diferente do que vem sendo propagado pela Vale nos últimos meses. Executivos da companhia brasileira vêm reiterando a confiança na manutenção da demanda por minério de ferro da China.
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O estrategista de investimentos da SLW Corretora, Pedro Galdi, avalia que os sinais de desaquecimento na China assustam. Porém, não espera cortes de investimentos pelas grandes mineradoras. Segundo ele, a demanda por minério deve voltar a subir no segundo semestre. “Não deve afetar os investimentos. Isso é uma questão mais pontual”, disse Galdi. “É bom lembrar que os EUA estão se recuperando e o Japão também. Isso compensa um pouco.”
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Efeito nas bolsas. O setor de mineração, cujas empresas respondem por grande parte do índice britânico FTSE 100, apresentou recuo de 3,6%. As rivais Rio Tinto e BHP Billiton estiveram entre as mais desvalorizadas, com recuo de 4,1% e 4% respectivamente, em meio a intensas negociações dos papéis.
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Embora as mineradoras tenham sido as grandes perdedoras do dia, a sugestão de uma desaceleração econômica na China também teve impacto em outros setores. A maioria das ações de primeira linha apresentou resultado negativo, enquanto os investimentos mais seguros tiveram valorização, sugerindo redução no apetite pelo risco.
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“Os valores mudaram, o petróleo aumentou e o impulso econômico não está mais acelerando, e não surpreende que os investidores tenham decidido investir em opções menos arriscadas – o panorama ainda é razoavelmente desconhecido”, disse o analista de equity Gerard Lane, da Shore Capital.
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COM REUTERS. TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL
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Fonte: O Estado de S.Paulo
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