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Desenbahia vai liberar R$ 300 Mi para projeto de grafite na Bahia

13 de abril de 2016

Detalhes, como o nome da empresa e o andamento do processo, estão sob sigilo

A Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) vai liberar crédito de R$ 300 milhões, em até dez anos, para um empreendimento de produção do grafeno no município de Eunápolis. O Notícias de Mineração Brasil entrou em contato com a agência, mas foi informado de que detalhes, como o nome da empresa e o andamento do processo, estão sob sigilo.
 
"A princípio, o financiamento atual solicitado pela mineradora interessada em atuar em Eunápolis é de R$ 20 milhões para a produção de flakes [flocos] de grafite, mas visando, sim, em dez anos, chegar a R$ 300 milhões para a produção do grafeno", afirmou Otto Alencar Filho, presidente da Desenbahia ontem (11). Ele participou de uma audiência na Governadoria para assinar contratos para liberação de crédito para projetos do setor público de seis prefeituras.
 
"Na iniciativa privada, este projeto de exploração do grafeno é um dos maiores que temos na Casa hoje", declarou Alencar Filho. De acordo com ele, o produto do projeto é considerado revolucionário para a indústria ultrafina, mas ainda não é o objeto da primeira etapa do empreendimento.
 
Segundo o website Jazida.com, existem 40 autorizações de pesquisa e um requerimento de pesquisa para grafita na região. Vinte deles pertencem à Magnesita Refratários que, em 2014, interrompeu as atividades de exploração do projeto Almenara.A CBG Mineração detém seis autorizações enquanto o engenheiro de minas Arlindo Sales Campos possui oito autorizações na região. A Nacional Grafite possui uma autorização e a Geoaktivan tem um requerimento.
 
E cinco autorização restantes estão em nome da Brasil Grafite, integram o projeto Itabela, e foram vendidas para a mineradora australiana Sayona Mining em agosto de 2015 por R$ 3,5 milhões. Na quarta-feira (5), a Sayona disse que conclui as sondagens iniciais para validar os dados obtidos com a Brasil Grafite.
 
A produção anual estimada para o projeto é de 18 mil toneladas nos primeiros quatro anos e de 36 mil, posteriormente, até o fim da vida útil da mina, que é projetada em 23 anos, segundo a Frontera Minerals, que publicou um estudo técnico sobre o projeto em 2012.
 
Além de projetos do setor de mineração, os de tecnologia da informação, logística e agroindústria também lideram entre os que buscam crédito na Desenbahia, visando ao retorno em longo prazo. Neste ano, a agência tem meta de financiar até R$ 700 milhões em projetos. No ano passado, dos R$ 520 milhões disponibilizados apenas R$ 390,62 milhões foram efetivados. Somente para municípios foram R$ 87 milhões liberados.
 
Notícias de Mineração Brasil
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