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Ferrovias vão ganhar mais espaço na matriz

20 de novembro de 2012

rnCom mais de três mil quilômetros de trilhos em construção e mais de R$ 80 bilhões de investimentos nesta década, um novo horizonte se abre para o setor metroferroviário. Um exemplo que confirma essa te

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Com mais de três mil quilômetros de trilhos em construção e mais de R$ 80 bilhões de investimentos nesta década, um novo horizonte se abre para o setor metroferroviário. Um exemplo que confirma essa tese está no recente programa de concessões ferroviárias e rodoviárias lançado pelo governo federal, que prevê R$ 133 bilhões em obras nesses dois segmentos em 30 anos, dos quais 70%, ou R$ 91 bilhões, serão direcionados a projetos ferroviários. Nas contas do governo, R$ 56 bilhões serão aplicados em cinco anos, e R$ 35 bilhões nos outros 25 anos.

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O programa também trouxe novidades em relação à regulação, quebrando o monopólio no uso das estradas de ferro, o que deverá estimular o ingresso de novas empresas no segmento. Pelas novas regras, o governo federal será responsável pela contratação da construção, da manutenção e da operação da ferrovia. A estatal Valec comprará a capacidade integral de transporte e fará oferta pública dessa capacidade para os usuários que queiram transportar carga própria, para operadores ferroviários independentes e para concessionárias de transporte ferroviário.

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Haverá separação entre o responsável pela infraestrutura física e o usuário e a criação de um novo player no setor: o operador. Os investidores terão acesso à linha de financiamento com juros de TJLP, acrescida de até 1,0%; carência de cinco anos, e amortização em até 25 anos. “A separação entre a empresa que cuida da infraestrutura física e o operador de transporte sobre trilhos abre o setor para potenciais novos investidores. Temos ouvido muito interesse de empresas que já estão olhando isso, de prestadores de serviços logísticos a empresas do setor siderúrgico que querem movimentar suas cargas pelos trilhos”, afirma Paulo Fleury, diretor do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos).

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O programa de concessões foca um dos maiores gargalos logísticos do Brasil: o acesso ferroviário ao Porto de Santos, que movimenta cerca de 20% do comércio exterior do país. O Ferroanel – um anel ferroviário que circundaria a região metropolitana de São Paulo, retirando a circulação de cargas da linha de passageiros – está entre as obras que estão listadas para serem tocadas em parceria com a iniciativa privada. A expectativa é de que a licitação seja realizada no primeiro semestre de 2013.

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O modal ferroviário deve aumentar sua presença na matriz de transportes. Hoje estima-se que 61% das cargas sejam transportadas pelas estradas e 21% delas por trilhos, mas, se não fosse contabilizada a movimentação deminério de ferro pelas ferrovias, o modal responderia por 5% do transporte de cargas, enquanto as estradas passariam a representar 73%.

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Mas as obras continuam. No Nordeste, a Nova Transnordestina – um investimento que deverá superar R$ 5,4 bilhões e interligará a cidade de Eliseu Martins (PI) aos portos de Suape (PE) e Pecém (PE) – está avançando. A ferrovia poderá criar uma nova opção de escoamento para a nova fronteira agrícola do Maranhão e Piauí e atrair novas cargas para os trilhos, como fabricantes de cimento e produtoras de combustível.

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Fonte: Valor Econômico

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