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Harvest conclui testes metalúrgicos em prospecto de rocha fosfática

25 de agosto de 2016

A mineradora pretende construir uma planta de fertilizantes de aplicação direta, que contém potássio e fosfato, em Arapuá (MG), onde fica o prospecto

A Harvest Minerals disse  no dia 23 que o resultado dos testes metalúrgicos e agronômicos com material retirado do prospecto de rocha fosfática Maximus foi positivo. A mineradora pretende construir uma planta de fertilizantes de aplicação direta, que contém potássio e fosfato, em Arapuá (MG), onde fica o prospecto.
 
A mineradora australiana decidiu pedir que seu novo produto, um fertilizante natural de aplicação direta (Danf, na sigla em inglês) seja classificado como “remineralizador de solo”, material de origem mineral que altera os índices de fertilidade do solo por meio da adição de macro e micronutrientes para as plantas, segundo classificação do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
 
Desde julho de 2013, uma lei incluiu remineralizadores e substratos para plantas entre os insumos destinados à agricultura. Com a medida, a inspeção e a fiscalização da produção e comercialização desses produtos passaram a ser regidas pela Lei 6.894/80, de modo semelhante ao que ocorre com fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes.
 
“Todos os resultados estão dentro das especificações requeridas. Notavelmente, não foram encontrados elementos tóxicos”, diz nota da Harvest. “Os resultados de solubilidade foram excelentes com a solubilidade total do P2O5 ficando entre 50,4% e 53,36% e para K2O indo de 90,99% a 95% em 2% de ácido cítrico, o que está perto dos níveis de acidez dos solos do Cerrado, onde o projeto Maximus está localizado”.
 
De acordo com os testes metalúrgicos, os teores do produto podem ser aumentados por meio de um processo simples de classificação a úmido. “Embora o registro não seja compulsório, a Harvest considera que a certificação [do Mapa] oferece vantagens mercadológicas no longo prazo”, diz a companhia em nota.
 
Tanto a ALS, na Australia, quanto a SGS Geosol, no Brasil, realizaram testes metalúrgicos que, segundo a empresa tiveram resultados acima das expectativas. Os dois conjuntos de testes mostraram que o teor de K2O pode ser aumentado com a classificação a úmido. Uma amostra com 4,69% K2O/3,49% P2O5 teve, por classificação, o teor elevado a 6,06% K2O/3,09% P2O5.
 
Os próximos passos do projeto incluem testes para medir o efeito do produto no crescimento das plantas, solicitação de guia de utilização, obtenção de licenças ambientais e a contratação de empreiteiros para iniciar os trabalhos de campo, bem como sondagens adicionais para delimitar o corpo mineral.
 
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