“O maior desafio que a humanidade enfrenta é exatamente a questão da transição para uma economia de baixo carbono. Não há possibilidade desta transição acontecer sem os minerais críticos, como o alumínio, o nióbio, o lítio, o tântalo e as terras raras. O Brasil possui um potencial imenso para produzir esses minerais”, destacou Raul Jungmann, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), durante evento organizado pela multinacional norueguesa Hydro, que controla as maiores operações de alumina e alumínio primário no Brasil. A mineradora promoveu um workshop para jornalistas nesta quinta-feira (8/8), em São Paulo (SP), com foco na mineração e, em especial, no alumínio. O evento contou também com a participação de Anderson Baranov, CEO da Hydro, e Janaina Donas, presidente-executiva da Associação de Alumínio (ABAL).
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o mercado de minerais críticos para a transição energética era avaliado em US$320 bilhões em 2023, com projeções para atingir US$1,1 trilhão até 2030. “Esses minerais são um passaporte para o futuro do Brasil”, afirmou Raul Jungmann, ressaltando, no entanto, que isso só será possível com uma política nacional voltada para estimular a produção desses minerais em larga escala. Ele mencionou que o Ministério de Minas e Energia está desenvolvendo um projeto nesse sentido. Além disso, Jungmann lembrou que o IBRAM e o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) elaboraram um estudo com propostas para que o Estado brasileiro possa estruturar uma política eficiente para a produção de minerais críticos e estratégicos, focando no presente e no futuro. Clique aqui e acesse o estudo.
Durante o evento, Raul Jungmann também destacou que as empresas do setor estão cada vez mais integradas às dinâmicas ESG (Ambiental, Social e Governança), ajustando suas políticas para questões sustentáveis e sociais.
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