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Mina atrai atenção de EUA, Europa e Ásia

30 de maio de 2012

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De domingo a domingo, 24 horas por dia, caminhões e escavadeiras retiram toneladas de terra avermelhada de uma grande cava circundada por degraus tão largos quanto avenidas. O que sai misturado com a terra são partículas de pirocloro, o mineral que contém o nióbio. Trata-se da maior mina de nióbio em operação no mundo. Parte dela pertence à CBMM e parte ao Estado de Minas Gerais.

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A mina atrai muitos olhares de fora. Em 2010, segundo documentos vazados, o governo dos EUA classificava a área como uma das muitas vitais para os interesses americanos pelo mundo. Um estudo da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, incluiu o nióbio do Brasil, e por tabela de Araxá, na lista de 14 matérias-primas economicamente importantes e cujo fornecimento aparece como sujeito a um alto risco de interrupção.

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De toda a terra extraída, apenas 3% tem nióbio. São 6 milhões de toneladas retiradas por ano. A reserva medida de nióbio é de 829 milhões de toneladas. A CBMM processa e comercializa tanto o nióbio de sua área quanto da do Estado. No ano passado, pagou cerca de R$ 400 milhões ao governo de Minas. A empresa e Estado acabam de se unir também na produção de terras-raras.

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O quilo do ferro-nióbio (principal produto da CBMM) é vendido a US$ 43. O valor é renegociado uma vez ao ano; às vezes, duas. A empresa também produz óxidos, ligas especiais e lingotes. Do que sai da fábrica, 96% é exportado e a empresa tem cerca de 350 clientes no mundo e filiais na Holanda, Suíça, EUA, Cingapura.

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A CBMM tem 1.800 funcionários, todos bem remunerados e pouco afeito a trocar de emprego. O piso salarial é de 3,5 salários mínimos, mas nos últimos anos chegou a cinco por causa da participação dos resultados. A empresa mantém um programa de habitação para os trabalhadores e subsidia a educação dos filhos – da infantil à universidade.

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O peso da empresa na economia de Araxá – classificado entre os municípios com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no país – é enorme. Mais de 70% da sua receita vem das operações da empresa.

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Fonte: Valor Econômico

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