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Obras em infraestrutura podem garantir crescimento em 2013, defende Fernando Coura

16 de janeiro de 2013

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Um dos responsáveis pelas receitas de exportação brasileira, o setor mineral espera, com algum otimismo, melhorias em 2013. O ano que passou não dos melhores, com a ocorrências de alguns sustos na queda de preços e por dificuldades por questões tributárias. O otimismo que o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração-Ibram e do Sindicato da Indústria Mineral de Minas Gerais-SindiExtra, Fernando Coura, procura demonstrar está baseado em projetos que o governo está anunciando para melhorar nossa infraestrutura. Sem eles, nada feito. O país, e por extensão, o setor que lidera, continuarão com baixos índices de crescimento. Ele defende também reformas na área tributária para que o governo deixe de ser sócio, muitas vezes majoritário, dos empreendedores nacionais. Nesta entrevista ele fala um pouco de suas expectativas.

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2012 foi um ano muito difícil para a economia brasileira, economia mundial. Nós temos um crescimento tímido do PIB. Os problemas estruturais continuam no Brasil, mas somos otimistas por natureza, senão não estaríamos aqui no Brasil não é? Mas o Brasil não pode continuar com esse crescimento baixo. Se nós, e falo pela indústria mineral, nós conseguirmos consolidar os planos que estão sendo lançados para a infraestrutura brasileira, quais sejam, as ferrovias, rodovias, saneamento, aeroportos, portos e habitação, vamos dar um salto. Isso é fundamental para melhorar o processo de competitividade da indústria brasileira, dar melhor condição à economia do setor mineral que é altamente demandante e impactante no crescimento do PIB. É essa a expectativa que tenho. Eu espero, que essas projeções para a infraestrutura brasileira se concretizem e posso assegurar que a indústria mineral está pronta para atender a demanda de todos os produtos: brita, areia, cimento, ferro, esquadrilha, chapa, tudo o que for necessário para servir a esse serviço de logística de governo de ferrovias e rodovias… Se o governo colocar R$ 133 bilhões na economia brasileira, essa é a nossa expectativa, os planos lançados se consolidam e consolidando, nós temos certeza que podermos puxar o PIB e a indústria mineral dará a sua contribuição.

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O PIB ficou muito abaixo da expectativa?

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Nós temos crise internacional e nossa também não é. Se você analisar, Chile, Peru, Colômbia estão crescendo a taxas impressionantes. O Brasil é o país que menos cresce. Evidentemente que nós temos problemas estruturais no Brasil que não são resolvidos. Temos que resolver essa questão do custo dos encargos da mão de obra, dessa carga tributária extremamente excessiva. O Brasil é o único país do mundo que tem tributação sobre investimento. O cara vai montar um restaurante e ele já paga o ICMS do que ele vai produzir, quer dizer, ele já sai pagando impostos. Isso não pode acontecer. Mas temos expectativa de que com esses programas lançados possam dar condição do país investir na sua infraestrutura de fazer o dever de casa, e estamos felizes porque a presidenta falou que vai resolver o problema dos impostos. No Brasil já demos um passo importante ao acabarmos com a inflação. O Plano Real foi seguramente um dos maiores acontecimentos dos últimos tempos no Brasil. Com ele acabamos com a inflação no Brasil e felizmente temos taxas de juros civilizadas. Hoje você compra equipamentos com taxa de juros no Finame a 2% ao ano, essa é uma taxa de juros civilizada. Se a gente fizer uma adequação para outras questões, acredito que teremos outras vitórias importantes. Por exemplo, o fim desta guerra dos portos que precisa ter fim rapidamente. Isso prejudica muito, fundamentalmente Minas Gerais com a sua indústria siderúrgica. Isso é impressionante. Você importa o aço em portos do Espírito Santo e de Santa Catarina sem imposto e aí não temos como competir. No caso dos fertilizantes, quando você produz fosfato no Brasil, e Minas Gerais é o maior produtor, o fosfato no Brasil paga ICMS, já a importação não paga. Aí então é duro…

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E o mercado externo?

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O mercado externo para commodities metálicas ele é dominado pela China, que é o carro chefe, a locomotiva. É o grande comprador. A gente estava muito assustado com o que ia acontecer com a China, mas estamos vendo os números de que eles vão fechar com 8% de crescimento. Nós tivemos o mês de agosto, quando tomamos um susto muito grande com o minério de ferro, que teve uma depressão de preço, mas agora está relativamente estabilizado, os preços que há pouco tempo estavam em US$ 171, esses são preços de referencia, no porto de Law na China, caíram em agosto para até US$ 86. Aí era terrível. Mas agora recuperou e fechamos em US$132, mas as outras commodities metálicas estão com problema muito ruim de preço, o zinco, o alumínio brasileiro passa por uma preocupação grande e nós esperamos que a redução da energia elétrica venha dar continuidade. Se não houver a redução do custo da energia elétrica no Brasil, infelizmente nós vamos exportar bauxita, que vai virar alumínio em outro país e vamos comprar alumínio para vender no supermercado em São Paulo, em um shopping em São Paulo, alimentado pela energia elétrica brasileira. Isso é um contrassenso. Eu disse isso lá em Belém na Exposibran Amazonas, falei na Assembleia Legislativa, que não é possível e estarmos construindo Belo Monte para manter a energia e não ter um programa de energia para transformarmos nossos minerais e metais com melhor agregação de valor para o país. Tenho muita confiança de que a redução da energia elétrica pode salvar a indústria do alumínio no Brasil.

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O novo marco regulatório parece, quebra contratos, e o país começa a dar sinais de estar ideologizando suas ações. O governo quer assumir a geração de energia, que é uma questão ideológica, isso traz receio?
Evidentemente que preocupa. Mas estou fazendo uma análise maior, do ponto de vista da indústria mineral e metalúrgica, minerometalúrgica brasileira. Nós precisamos combater o custo da energia elétrica. Nosso custo de energia elétrica é um dos mais altos do mundo.

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O senhor não teme que essa ideologia chegue ao setor do senhor?

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Temos receio. Tenho certeza de que não tem espaço no Brasil para o governo fazer isso. Ao mesmo tempo, o governo lançou a privatização do aeroporto de Confins e do Galeão. Não tem lugar para o estado. O estado já é o nosso maior sócio, quase 40% do PIB é imposto, são contribuições, são taxas. Os programas de concessão lançados pela presidente Dilma sinalizam mudanças, o quê deve ser saudado por todos nós.

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O governo caiu na real?

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É isso que eu espero acontecer.

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Fonte: Blog do PCO

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