Panorama da Mineração em MG evidencia contribuições e importância do setor

A partir de agora, qualquer cidadão, desde o jovem estudante até o profissional mais gabaritado ou autoridade pública, que pretenda produzir informações ou mesmo debater temas sobre o setor mineral de Minas Gerais poderá recorrer a um documento que consolida bases técnicas, científicas, econômicas, sociais e históricas sobre a mineração. Trata-se do Panorama da Mineração em Minas Gerais apresentado ontem (8/8) pelo Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM, pelo Sindicato da Indústria Mineral de Minas Gerais (Sindiextra) e pelo Sindicato Nacional da Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos (Sinferbase), no Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte (MG). 

 

Este trabalho inédito, com dados oficiais compilados e analisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), é um guia relevante para se compreender as contribuições da atividade mineral à formação e à evolução do mais importante Estado minerador do Brasil. 

 

“O Panorama é um vigoroso trabalho realizado pela FGV com supervisão e colaboração das Entidades do setor mineral. É um marco para que o verdadeiro papel da mineração empresarial seja conhecido a fundo, com detalhamento técnico e referências históricas. Daqui para frente, debater a mineração será algo muito mais relevante, sendo impossível minimizar a importância das contribuições decisivas deste segmento empresarial para a população de Minas Gerais e do Brasil”, diz José Fernando Coura, Diretor-Presidente do IBRAM, do Sindiextra e do Sinferbase.

 

Panorama da Mineração em Minas Gerais

 

• Revela à sociedade a importância da atividade mineral no Estado de Minas Gerais, a partir de dados oficiais e públicos do setor, compilados até 2013. 

 

• Aborda aspectos econômicos, demográficos, geográficos, ambientais e históricos. 

 

• Fornece informações para a elaboração de plano de ação em prol da imagem do setor, com atuação em frentes variadas como: comunicação, imprensa, relacionamentos (institucional e com comunidades), jurídico, poder público, medidas socioeducativas etc.

 

“A partir deste Panorama, a sociedade mineira ganha uma rica e detalhada fonte de informações, devidamente embasadas, que poderá contribuir positivamente para diversas ações que envolvam direta ou indiretamente a mineração empresarial e sua relação com o poder público ao longo dos séculos”, diz Marcelo Ribeiro Tunes, Diretor de Assuntos Minerários do IBRAM.

 

Usos do Panorama pela sociedade

 

Desde trabalhos escolares, até reportagens da imprensa, debates acadêmicos, artigos científicos, conteúdo para aulas nas escolas públicas e privadas, a realização de audiências públicas, elaboração de projetos de lei e de políticas públicas, bem como o planejamento de comunicação por parte das empresas do setor mineral e de outros afins – são estes apenas alguns exemplos práticos de como o Panorama da Mineração em Minas Gerais torna-se fundamental para qualificar a produção e a troca de informações relacionadas ao setor mineral empresarial.

 

A indústria da mineração ganha, assim, uma referência substancial para estabelecer um novo e robusto instrumento para empoderar canais de comunicação com a sociedade e tornar mais transparentes, didáticas e produtivas as tratativas entre o setor mineral e a sociedade.

 

O Panorama compila dados públicos, que estão publicados até 2013, e é mais uma importante iniciativa da indústria da mineração para prestar contas à população de Minas Gerais e do Brasil, uma vez que a atividade desenvolvida no Estado repercute positivamente em todo o País. Com o trabalho, a mineração empresarial passa também a contar com uma fonte de argumentos de vários níveis, capaz de alimentar ações em prol da atividade. São abordados no Panorama:

 

• Aspectos Socioeconômicos 

• Aspectos Demográficos 

• Aspectos Geográficos e Ambientais 

• Aspectos Históricos

 

Destaques do Panorama

 

O Panorama da Mineração em Minas Gerais traz uma ampla ‘Linha do Tempo’ destacando os principais fatos históricos relacionados à secular mineração desenvolvida em Minas Gerais.

 

Outros aspectos dessa atividade também encontram relevância na publicação, tais como:

 

– Entre as principais empresas mineradoras existentes no Estado de Minas Gerais, não foram encontrados empreendimentos operando sem o devido licenciamento ambiental, o que demonstra que o setor é um dos que buscam atuar em acordo com a legislação e as expectativas da sociedade.

 

– Índice de Desenvolvimento Humano – O IDH dos municípios mineradores de Minas Gerais geralmente é superior ao de grande parte dos municípios brasileiros. Os gráficos do Panorama comparam o IDH dos municípios mineiros produtores de minérios com o IDH total Brasil e IDH total Minas Gerais.

 

– 90,3% das empresas cadastradas em MG na atividade Extrativa Mineral são classificadas como microempresas, o que demonstra a capilaridade do segmento e desperta a atenção para políticas que incremento à atividade nos municípios.

 

Mão de obra e rendimento

 

– Em números absolutos e tendo como base as Estatísticas do Cadastro Central de Empresas IBGE 2011, temos que cerca de 60.600 pessoas estão alocadas nas atividades extrativas no Estado de Minas Gerais, o que representa 4,4% de toda a população empregada no setor industrial do Estado; 

 

– As médias e grandes empresas, que respondem por 1,5% do número de empresas, empregam 62,7% do pessoal ocupado na atividade e 81,9% dos salários e remunerações pagos;

 

– O Rendimento Médio Anual do Setor é cerca de 2,2 vezes maior que a média da Indústria e vem apresentando crescimento superior à média do setor.

 

Dados econômicos

 

– A Indústria Extrativa Mineral ou IEM (com petróleo e gás natural) representou, em termos de Valor Adicionado, 16,4% de toda a Indústria brasileira e 4,1% do total do PIB do Brasil em 2013;

 

– Em Minas Gerais, a IEM (sem petróleo e gás natural) responde por 24,4% de toda a Indústria e 8% de todo o PIB do Estado em 2011;

 

– O Estado de Minas Gerais é responsável por quase metade de todo o valor gerado pela IEM no Brasil (equivalente a cerca de 44,0% em 2011);

 

– A produção da Indústria Extrativa Mineral no Brasil apresenta a seguinte distribuição: 68% de minerais metálicos, 30% de minerais não metálicos e 2% de energéticos;

 

– A produção da IEM  em Minas Gerais é fortemente concentrada nos minerais metálicos (90%) – especialmente o minério de ferro –, sendo os 10% restantes representados pelos minerais não metálicos;

 

– Minas Gerais assume um papel de protagonismo na produção não só de minério de ferro (66%),mas também de outros minerais, como zinco (100%), ouro (45%), fosfatos (57%), calcário (27%), nióbio (95%), entre outros.

 

Balança comercial mineral

 

– A balança comercial dos minérios no Brasil tem registrado superávits acima de US$ 30 bilhões nos últimos três anos;

 

– Nesse mesmo período, as exportações de minérios responderam por cerca de 15% de toda a pauta de exportações brasileiras, sendo que o minério de ferro responde por mais de 92% desse montante;

 

– Na pauta de exportações do Estado de Minas Gerais, os minérios possuem cerca de 50% de representatividade, sendo que 99% desse montante estão associados às exportações de minério de ferro;

 

– Além de líder nas exportações de minério de ferro (aproximadamente 50% de todas as exportações brasileiras associadas ao produto), Minas Gerais responde por quase 100% das exportações de Chumbo, Zinco, Nióbio, Ouro, Metais Preciosos, Grafita, Ardósia e Magnesita.

 

Indústria de Transformação

 

– A cadeia seguinte à Indústria Extrativa Mineral é a Indústria de Transformação Mineral. O livro apresenta a evolução da composição do Valor da Transformação Industrial e os componentes do Consumo Intermediário (custos com operações industriais) da Indústria Extrativa no Brasil. No segmento Transformação Industrial da Indústria Extrativa brasileira, o Estado de Minas Gerais é responsável por 44%. 

 

– O Estado de Minas Gerais possui uma economia bastante diversifica. Como atividade econômica, a Indústria da Transformação contribui para o Estado de Minas Gerais com 15%, e a Indústria Extrativa Mineral com 8%. Os demais segmentos seriam: Administração Pública, Construção Civil, Agropecuária, Comércio, Transportes e Armazenagem, dentre outros.

 

Sequência do estudo

 

– A partir da conclusão do Panorama da Mineração em Minas Gerais as Entidades do setor mineral avaliam providências para expandir a análise das contribuições positivas da indústria da mineração para outros estados mineradores e o Brasil.

 

IBRAM – Profissionais do Texto