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Para governo, exportação pode apenas repetir 2012

3 de janeiro de 2013

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O governo está otimista com o desempenho do comércio externo em 2013, mas mantém a cautela ao não fazer nenhuma previsão numérica para o comportamento da balança comercial. A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Tatiana Prazeres, acredita que as exportações do ano devem repetir os montantes verificados em 2011 (US$ 256 bilhões) e 2012 (US$ 243 bilhões), oscilando próximo de níveis recordes.

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A secretária minimizou o fato de o saldo comercial ter encerrado 2012 em US$ 19,4 bilhões, o menor desde 2002. “Apesar dos efeitos da crise o comércio exterior teve sim um bom desempenho”, disse Tatiana.

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Os desempenhos regionais do saldo brasileiro justificam a cautela do governo, pois o Brasil perdeu superávit em mercados importantes e tradicionais. Enquanto China e Estados Unidos (apesar da questão fiscal) aparecem na lista de apostas positivas do governo para 2013, duas regiões que afetaram negativamente o saldo de 2012 – Argentina e União Europeia – seguem como grandes preocupações. Em 2012, o saldo comercial com a União Europeia encolheu 81% em relação a 2011, passando de US$ 6,5 bilhões para apenas US$ 1,2 bilhão no período. O superávit com a Argentina encolheu um pouco menos (74%), mas tirou expressivos US$ 4,3 bilhões do resultado global do país. Entre os grandes destinos, o saldo brasileiro apenas melhorou com os Estados Unidos, mas mesmo assim porque o déficit ficou menor.

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A China – a aposta mais segura para recuperar mercado em 2013 na atuais avaliações do governo – também afetou o superávit do Brasil no ano passado. O saldo positivo encolheu de US$ 11,6 bilhões em 2011 para US$ 7 bilhões em 2012. Em parte, a queda no preço do minério de ferro explica a perda e, por isso, o governo considera uma reversão em 2013.

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Para a secretária, três fatores explicam o desempenho da balança no ano passado. Primeiro, a queda no preço das matérias-primas. Só a baixa no preço do minério de ferro, por exemplo, representou uma perda de US$ 10,3 bilhões nas exportações de 2012. O segundo ponto foi a própria retração de mercados e o aumento das medidas protecionistas, algo considerado natural dentro de um ambiente de crise internacional.

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Já os fatores que geram esse otimismo para 2013 são a recuperação no preço do minério de ferro, o aumento na produção e venda de produtos agrícolas, como grãos, que já apresentam e devem manter preços elevados no mercado internacional. O governo também conta com uma aceleração no ritmo de crescimento da China e uma recuperação nos Estados Unidos, apesar da questão fiscal. Já as economias da zona do euro, que respondem por cerca de 20% das exportações brasileiras, devem seguir com baixo crescimento. As relações comerciais com a Argentina também são fonte de incertezas.

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Diante desse cenário, o governo optou por não estipular metas para exportação em 2013. No ano passado, o Mdic anunciou uma previsão de US$ 264 bilhões em exportações o que representaria um aumento, mesmo em período de crise, sobre 2011. Essa meta, entretanto, foi abandonada em agosto após frustrações e 2012 encerrou com exportações de US$ 242,6 bilhões, baixa de 5,3% pela média diária, resultado alinhado à previsão feita em novembro pelo Mdic.

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A manutenção desse nível, como espera o governo para 2013, mostra a “confiança em relação às exportações brasileiras, a retomada do crescimento internacional” e que as empresas brasileiras encontrarão mercados no exterior para seus produtos. Tatiana disse ainda que o governo pode mudar de ideia e traçar alguma meta numérica de exportação para o ano.

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As importações, após subirem no início de 2012 em relação a 2011, terminaram o ano com queda de 1,4%, também no conceito de média diária, para US$ 223,1 bilhão ante US$ 226,2 bilhões em 2011.

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Uma das maiores novidades nesse lado da balança comercial foi a China assumir o posto de maior origem de importações do país, desbancando os Estados Unidos. As compras do país asiático somaram US$ 34,2 bilhões no ano passado, ou 15,3 % do total, ante 14,5% em 2011. Já as aquisições feitas nos EUA cederam para US$ 32,6 bilhões, ou 14,6% do total, em comparação com 15,1% em 2011.

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Tatiana chamou atenção para o crescimento de 1,5% da importação de bens de capital, como máquinas industriais, enquanto os grupos combustíveis, matérias-primas e bens de consumo apresentaram queda sobre 2011.

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Entre os principais blocos compradores de mercadorias brasileiras, os EUA foram o único a ampliar as compras de bens nacionais em 2012. O avanço foi de 2,5% para US$ 26,8 bilhões.

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Em 2012, a Argentina se manteve como principal destino das exportações de bens industriais brasileiros, mesmo com um recuo de 20% nos embarques para o país vizinho. Essa queda se deve, em parte, a barreiras comerciais impostas pelo governo argentino, mas também houve retração nas vendas de produtos não vinculados a medidas burocráticas, segundo Tatiana.

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Perguntada sobre o crescente número de embargos à carne brasileira, Tatiana disse que o Brasil segue atento à conduta desses países. Segundo a secretária, as referências sanitárias adotadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) põem o Brasil em nível mínimo de risco, e por isso as barreiras agora colocadas são incompatíveis com as regras da OMC.

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“A mensagem é que se não há respaldo nas regras internacionais essas barreiras são injustificáveis”, disse Tatiana, acrescentando que abertura de um contencioso comercial contra esses países nunca foi descartada.

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Fonte: Valor Econômico

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