Pós-graduação em parceria do Cetem analisa 5 áreas minerais
15 de maio de 2017
Grupo de dez colaboradores é composto por estudantes e pesquisadores de programas de pós-graduação de diferentes universidades do Brasil
O grupo de Pós-Graduação em Parceria do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) conta, atualmente, com dez colaboradores de universidades como UFRJ, UFRRJ, UERJ, USP e Fiocruz. Os estudantes e pesquisadores desenvolvem projetos em cinco áreas do setor de mineração: caracterização química e mineralógica; processamento mineral; metalurgia extrativa e bioprocessos; rochas ornamentais e gestão e inovação em tecnologia mineral.
De acordo com o Cetem, todos os temas dos projetos de pós-graduação são de interesse do Centro e das instituições de ensino superior parceiras, além de estarem alinhadas com o Plano Diretor do órgão, que está ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O Centro recebe, regularmente, estudantes para realização do trabalho experimental em seus laboratórios e usina-piloto, em sua sede no Rio de Janeiro (RJ), com co-orientação dos pesquisadores do próprio Cetem.
"Com a inauguração do Núcleo Regional do Cetem, em Cachoeiro de Itapemerim-ES, em 2014, mais um conjunto de laboratórios pode ser utilizado para essa finalidade. As parcerias com vários institutos e departamentos universitários cresceram nos últimos anos, motivando a revisão das normas do Cetem para esta modalidade de parceria, com o objetivo de fortalecer o Programa e atrair jovens talentos para desenvolver suas pesquisas no Cetem, especialmente em projeto voltado à inovação tecnológica e ao incremento da cooperação científica com empresas do setor produtivo", afirma o Centro.
Dos projetos do grupo de pós-graduação atual, nove são de mestrado e um de doutorado. Além disso, o Cetem possui quatro servidores desenvolvendo trabalhos de pós-graduação, três vinculados a cursos de mestrado e um de doutorado.
Segundo um informativo enviado no dia 12 pelo Centro, dois pesquisadores defenderam suas dissertações em março deste ano. Luísa Diniz Vilela Carvalho, estudante da UFRJ, apresentou no dia 24 de março o trabalho "Mineralogia do diamante da Chapada Diamantina, Bahia", que teve como objetivo caracterizar mineralogicamente os diamantes da Chapada Diamantina, por meio de estudos detalhados dos seus aspectos físicos, obtenção de uma assinatura espectroscópica empregando espectroscopia de infravermelho, para verificar a agregação de nitrogênio, e de absorção na região da luz visível, a fim de registrar a presença de defeitos ópticos.
"Além disto, também foi realizada análise de inclusões minerais, para auxiliar no entendimento da origem primária de tais diamantes e da sua história evolutiva. Com o fingerprinting pretende-se reconhecer características potencialmente distintivas dos diamantes da Chapada, para auxiliar nos estudos de proveniência regional de diamantes brasileiros. A dissertação foi aprovada com louvor pela banca examinadora", diz trecho do resumo do trabalho disponibilizado pelo Cetem.
O pesquisador Thiago de Moraes Coutinho, também da UFRJ, apresentou no dia 29 de março sua dissertação de mestrado intitulada "Separação de cério de uma mistura de hidróxido de terras-raras por lixiviação ácida".
"O trabalho teve como propósito avaliar a influência das variáveis pH, temperatura e tempo e definir as condições ótimas para separação e purificação do cério, por meio do processo de lixiviação de uma mistura de hidróxidos de terras-raras utilizando uma solução aquosa de ácido clorídrico. O tema da dissertação foi definido com base no projeto estruturante Proterraras – PD&I em tecnologia de processos para a obtenção de compostos de terras-raras, que contou com financiamento do Governo Federal", afirma o Cetem.
Os próximos estudos a serem apresentados, em junho deste ano, são dos estudantes Daniella Aparecida Duarte Nunes, sobre o "Efeito da utilização de materiais orgânicos vegetais na biorremediação de solo contaminado por borra oleosa de petróleo"; Débora Monteiro de Oliveira, "Lixiviação de minério intemperizado de cobre com produção biológica, in situ, de ácido sulfúrico"; Héllison Nascimento dos Santos, "Mineralogia quantitativa e refinamento da estequiometria de calcita e dolomita em minérios e em rochas carbonáticas por difração de raios-X, método de Rieteveld"; e Patrícia Correa de Araujo, "Avaliação da emissão de mercúrio na atmosfera em áreas de mineração artesanal ou de pequena escala no Brasil – um estudo de caso".
Notícias de Mineração Brasil