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Responsável por 40% do consumo nacional de energia, indústria investe em fontes alternativas

29 de agosto de 2012

rnAlto custo de energia no Brasil, demanda aquecida e preocupações ambientais norteiam pesquisas e construções de usinas eólicas e de biomassa.rnIcapuí, cidade do litoral leste do Ceará, é parad

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Alto custo de energia no Brasil, demanda aquecida e preocupações ambientais norteiam pesquisas e construções de usinas eólicas e de biomassa.

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Icapuí, cidade do litoral leste do Ceará, é parada obrigatória para os praticantes de Kite Surf e de Vela, em virtude da velocidade dos ventos, que chegam a 35 km/h. A capacidade eólica chamou a atenção da mineradora Vale S.A.. Em 23 de agosto, a empresa levou a conhecimento da comunidade icapuiense os planos para a construção do Complexo Eólico Santo Inácio, um investimento de US$ 222 milhões, cuja energia será destinada à própria Vale: a potência atinge 124MW, gerados por 62 aerogeradores.

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Os ventos que sopram a favor das novas usinas também ajudam na sustentabilidade ambiental. Em 2011, os investimentos em negócios voltados à produção de energia alternativa – solar, eólica e biomassa – ultrapassaram US$ 8 bilhões no Brasil, de acordo com a consultoria Bloomberg New Energy Finance. Entre os 2,6 mil empreendimentos de geração de energia elétrica em operação no País, somam-se 444 centrais de biomassa, 79 centrais eólicas e oito usinas fotovoltaicas conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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O momento é de buscar novas fontes, mas também de expandir a geração. O consumo nacional de energia elétrica cresceu 3,7% em julho de 2012, em comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa é de manutenção do ritmo de crescimento, com previsão de 4,5% anuais até 2021.

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A indústria corresponde à maior fatia do consumo energético brasileiro. No primeiro semestre de 2012, o setor foi responsável por 40% do consumo nacional, e as projeções preveem o aumento da participação para 47% em 2020. Para que esse crescimento seja economicamente sustentável, a indústria precisa buscar alternativas para diminuir os custos. O preço da energia no País está entre os mais elevados do mundo, enquanto muitas incertezas do setor elétrico dificultam a tomada de decisão sobre a contratação de energia.

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A variação no custo dos encargos setoriais, a expansão da oferta e mudanças regulatórias em estudo figuram como maiores entraves. Segundo João Bosco da Silva, Diretor-Superintendente da Companhia Brasileira de Alumínio, a incerteza sobre a renovação de concessões de energia elétrica é uma grande preocupação da empresa, que tem 85% da sua demanda energética dependente da autoprodução.

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Prevê-se para esta modalidade, voltada para o consumo próprio das empresas, um crescimento expressivo nos próximos 10 anos, em torno de 6,8% ao ano. Com isso, a autoprodução representará 11% no volume total de consumo do País. Uma das soluções para o entrave é a busca por fontes alternativas. Em 2012, Banco Mundial destinou US$ 49,6 milhões para o Brasil no Projeto de Fortalecimento dos Setores de Energia e Mineração. O empréstimo prevê assistência técnica ao Ministério de Minas e Energia para desenvolver estratégias de investimento e suporte para tecnologias de ponta.

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Os bens minerais configuram a base para o desenvolvimento dessas tecnologias, com destaque para placas solares, células fotovoltaicas, turbinas eólicas e baterias de carros híbridos. “Existe uma interdependência entre as atividades de mineração e as de geração, armazenamento e transmissão de qualquer tipo de energia. Muitas das soluções passam obrigatoriamente pela maior disponibilidade de minerais”, afirma o Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM, José Fernando Coura.

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A movimentação do setor é grande. De 10 a 12 de setembro, o IBRAM trará para o Brasil representantes de grandes empresas do Chile, Canadá, Reino Unido e Austrália para discutir o tema de gestão de energia na mineração. O 2º Seminário Internacional de Gestão de Energia na Indústria da Mineração – ENERMIN 2012 (www.enermin2012.com) será o palco ideal para discutir as fontes alternativas de energia à disposição da indústria, tanto no Brasil como em outras partes do mundo.

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“Tecnologias como placas solares e células fotovoltaicas são altamente dependentes de silício”, explica o Diretor de Assuntos Ambientais do IBRAM, Rinaldo Mancin. Outras opções envolvem minerais de difícil obtenção, como é o caso das chamadas terras-raras, grupo de 17 minerais raros que têm despertado polêmica devido ao domínio chinês sobre a sua produção.

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A previsão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, é de que, até 2020, a participação das fontes alternativas no total de energia produzida no País aumente de 10% para 20%. A participação da energia eólica terá papel importante, e subirá de 1% em 2011 para 4,9% em 2015 e 7,6% em 2020.

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Para o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, os desafios da sustentabilidade energética brasileira passa pela integração e pelo planejamento. “O gás tem a ver com petróleo, que tem a ver com geração de energia elétrica, e assim por diante”, afirmou em seminário realizado em 16 de agosto pela CPFL Energia. “A participação das fontes renováveis na geração de eletricidade no Brasil é de quase 90%, enquanto no resto do mundo é de menos de 20%. De fato, o país é um manancial rico em alternativas de produção das mais variadas fontes, como hidráulica, eólica, etanol e biomassa, o que nos dá orgulho.”

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Serviço:
ENERMIN 2012

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Data: 10 a 12 de setembro
Local: Hotel Fiesta Bahia, situado à Avenida Antônio Carlos Magalhães, 711 – Pituba – Salvador, BA

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Inscrições antecipadas: até 31 de agosto pelo site www.enermin2012.com

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Informações para a Imprensa:
Profissionais do Texto – Assessoria de imprensa do IBRAM
Sérgio Cross – (61) 3364-7214 / ptexto@gmail.com
Flavia Agnello – (61) 3364-7215 / flavia@ptexto.com.br
Marina Severino – (61) 3364-7216 / marina.severino@ptexto.com.br

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Fonte: Difundir

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