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Rota vai do Chile ao Rio de Janeiro

27 de abril de 2012

rnO Eixo Interoceânico Central será contemplado com a maior fatia de investimentos entre os oito eixos de Integração da Infraestrutura da América do Sul. São US$ 5,362 bilhões, ou um quarto de cerca de

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O Eixo Interoceânico Central será contemplado com a maior fatia de investimentos entre os oito eixos de Integração da Infraestrutura da América do Sul. São US$ 5,362 bilhões, ou um quarto de cerca de US$ 22 bilhões envolvidos no projeto total. Não é para menos. O Eixo Interoceânico Central, ou Eixo 6, é formado por parte do território da Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru, compreendendo 3.461 mil quilômetros quadrados, o equivalente a 28,7% do total dos países integrantes. Em 2008, a região reunia 93 milhões de habitantes.

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O Produto Interno Bruto (PIB) estimado para essa área de influência é de US$ 485,842 bilhões (a preços de 2000), o que representa 45,7% do PIB total dos cinco países envolvidos. “Cabe ao Ministério dos Transportes abrir o caminho para a riqueza econômica e é isso que estamos fazendo. Sem infraestrutura não há desenvolvimento”, disse Lúcia Barillo, assessora internacional do gabinete do Ministério dos Transportes, durante o “1º Fórum Empresarial: Oportunidades e Desafios para a Integração da Infraestrutura na América do Sul”, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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A faixa formada pelo Eixo Interoceânico Central estende-se dos portos do Chile e da Bolívia no Pacífico, aos portos de Santos e do Rio de Janeiro, no Brasil, recolhendo a produção para exportação que desce do Centro-Oeste brasileiro e aquela coletada ao longo desse corredor. O cobre refinado e refundido é o mais importante dos produtos exportados pelos países que formam o Eixo 6, representando 7,65% do total exportado pela região em 2008. Em seguida vêm o minério de cobre e seus concentrados; os óleos crus de petróleo, grãos de soja e minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados.

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As grandes obras de infraestrutura previstas ou já em andamento devem enfrentar barreiras naturais desafiadoras, como a Cordilheira dos Andes, os rios Paraguai e Paraná e a região desértica do Chaco. De acordo com o levantamento feito para o projeto de Integração da Infraestrutura da América do Sul, as redes viárias do Eixo Interoceânico são precárias, mas com grande potencial de desenvolvimento para superar essas dificuldades.

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O grande sonho de uma ligação ferroviária entre os dois oceanos continua impedida por uma descontinuidade entre as redes ferroviárias leste e oeste na Bolívia. O projeto estruturante do corredor ferroviário no trecho boliviano ligará a Bolívia diretamente aos portos do Brasil e do Peru, dando acesso, finalmente, aos dois oceanos.

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O Eixo Mercosul-Chile compreende a ligação dos principais centros econômicos e os principais portos da região entre Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. As áreas incorporadas neste eixo 7 totalizam 3.216 mil quilômetros quadrados, o equivalente a um quarto do total desses cinco países. Estima-se que a área de influência desse eixo reúna uma população de 137 milhões de pessoas, o que representa um pouco mais da metade da soma da população total dos cinco países integrantes do eixo. Serão investidos US$ 2,218 bilhões nos seis projetos estruturantes que fazem parte do Eixo-Mercosul-Chile. Por conta das hidrelétricas e dos gasodutos dessa região, já há uma integração energética nesse eixo.

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Entre os projetos estruturantes previstos está a construção da ponte internacional Jaguarão-Rio Branco, que pretende reduzir o trânsito na rota litorânea entre Uruguai e Brasil.

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A nova ponte deve contribuir para a preservação de reservas ecológicas do litoral atlântico e diminuirá em mais de 60 quilômetros o percurso entre Montevidéu e Porto Alegre.

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“Isso dinamizará o setor agrícola do Uruguai e nos permitirá maior competitividade”, diz Pablo Genta, vice-ministro do Ministério dos Transportes e Obras Públicas do Uruguai. A construção da ponte receberá recursos de ambos os países.

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“Trata-se de um empreendimento binacional que contará com recursos do Brasil e do Uruguai”, completa Lúcia Barillo.

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O transporte multimodal no sistema Lagoa Mirim e Lagoa dos Patos (Eixo Mercosul-Chile) tem como principal objetivo melhorar a infraestrutura disponível, consolidando um centro logístico. “Os investimentos previstos são da ordem de U$ 100 milhões e a conclusão é esperada para 2014”, explica Pablo Genta.

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Já o corredor ferroviário Montevidéu-Cacequi exigirá injeção de recursos de US$ 196 milhões. “Com isso, o Uruguai fortalecerá e expandirá o setor ferroviário”, explica o vice-ministro.

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Segundo Pablo Genta, o trecho férreo Montevidéu-Rivera transporta cerca de um milhão de toneladas por ano, e outras 15 milhões são transportadas em caminhões. “A ferrovia ligará o norte da Argentina ao Paraguai e ao sul do Brasil reduzindo os custos em logística em 20%”, afirma.

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Dois importantes itens diferenciam o Eixo Mercosul-Chile dos outros sete eixos do projeto. Um deles é que a faixa Mercosul-Chile incorpora a região das grandes represas hidrelétricas nos rios Paraná e Uruguai.

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Já existe, portanto, uma conexão energética entre Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Por outro lado, a região é cortada por grandes gasodutos entre Argentina e Chile, entre Argentina e Brasil, outro entre Argentina e Uruguai, e outro ainda entre Argentina e Bolívia.

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Fonte: Valor Online

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