rnCom uma profundidade natural de 15 metros e capacidade para receber navios de grande porte como os que atracam no Porto de Santos, o Terminal de Contêineres (Tecon) da Santos Brasil, em Vila do Conde (PA), deverá dobrar a sua movimenta
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Com uma profundidade natural de 15 metros e capacidade para receber navios de grande porte como os que atracam no Porto de Santos, o Terminal de Contêineres (Tecon) da Santos Brasil, em Vila do Conde (PA), deverá dobrar a sua movimentação até 2014. A ideia é passar dos atuais 250 mil Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) para 500 mil Teus após investimentos que devem somar R$ 30 milhões até o fim do ano. E o processo de ampliação não para, já que novas mudanças ainda estão por vir.
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O empreendimento fica a 96 quilômetros do centro industrial e comercial de Belém e é uma das principais apostas da operadora, que também administra o Tecon na Margem Esquerda (Guarujá) do complexo santista e um terminal em Imbituba, em Santa Catarina.
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A instalação de Vila do Conde é o primeiro terminal de uso público operado pela iniciativa privada no estado do Pará. Ele conta com um berço de atracação preferencial, dos oito disponíveis no Porto, todos com 250 metros. Cerca de 10 navios param no terminal por mês.
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A equipe de reportagem de A Tribuna teve a chance de conhecer a instalação de 102.500 metros quadrados da empresa no Norte do País acompanhada de uma comitiva de diretores da empresa. Para aqueles que estão acostumados com a grandiosidade do Tecon Santos, o maior e mais eficiente do País, o terminal de Vila do Conde pode causar pouco impacto. No entanto, ele surpreende pela infraestrutura, que agregada às condições físicas do Porto de Vila do Conde, permitirá que o empreendimento atenda a demanda futura prevista para os próximos dez anos.
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“Vila do Conde tem capacidade para movimentar toda a carga da região. Hoje, o market share é de aproximadamente 60% dos contêineres movimentados em Vila do Conde e 40% em Belém”, disse o diretor administrativo-comercial da Santos Brasil, Mauro Salgado.
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O destaque de Vila do Conde no cenário paraense é justificado, principalmente, pela sua profundidade natural de cerca de 15 metros. Esse benefício garante ao porto o recebimento de navios de carga cada vez maiores, uma tendência em todo o País. Santos, por exemplo, precisou passar por um processo de dragagem para atingir essa profundidade, que ainda aguarda para ser homologada.
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“Belém tem restrições físicas para crescimento de movimentação e só pode atingir navios hoje considerados muito pequenos. A tendência é que os navios cresçam e procurem um porto que tenha condições de recebê-los, como Vila do Conde”, destacou Salgado.
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Com um primeiro privilégio natural, a Santos Brasil entendeu a importância de investir também na infraestrutura do terminal, que hoje já tem capacidade para receber a demanda que está por vir. Os recursos destinados pela empresa até agora – o montante deverá chegar a R$ 30 milhões até o final do ano – garantiram mais modernidade à instalação.
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“Foram feitas obras civis de melhoramentos de piso, armazéns, construção de gates, equipamentos e uma câmara frigorífica, não para armazenagem, mas para possibilitar a inspeção e verificação de cargas, sobretudo, carne, que é uma estrela em crescimento na região”, detalhou o diretor.
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A câmara frigorífica é a menina dos olhos do terminal. Segundo Salgado, é a única desse padrão em Vila do Conde. Já fora do Pará, pode ser encontrada apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ela tem 100 metros quadrados e 120 tomadas para contêineres reefers.
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Entre os equipamentos adquiridos pela companhia estão empilhadeiras de última geração para a movimentação de contêineres no pátio e um guindaste de cais, um MHC (Mobile Harbour Crane, em inglês), que é um guindaste portuário sobre rodas. A implantação de sistemas computadorizados para tornar a operação mais ágil e segura também fez parte da estratégia de investimentos da empresa.
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Madeira é principal carga – Atualmente, a principal carga movimentada nos portos paraenses é a madeira usada, sobretudo, para a construção civil, sendo normalmente exportada para países da Europa e dos Estados Unidos. Em segundo lugar aparece a carne, em constante crescimento, seguida pela pimenta e frutas, destacou o presidente da Santos Brasil, Mauro Salgado.
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“A madeira responde por 50%. A carne, pimenta e as frutas ocupam mais ou menos em torno de 10%. O restante fica para os produtos minerais e peixes”, mencionou o empresário, que apontou ainda uma movimentação importante de cargas de projeto (pesadas ou volumosas) em Vila do Conde.
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De acordo com ele, a tendência é que exista um incremento na operação desse tipo de mercadoria em função do grande número de projetos siderúrgicos e hidrelétricos na região. “Tudo o que se projeta nessa região, nessa área industrial, acontece. As siderúrgicas vão acontecer, as hidrelétricas, especialmente os projetos ligados à exploração mineral. Cada vez mais se coloca minério, claro que especiais e sofisticados, em contêineres e a logística do contêiner se torna mais barata em função do tamanho dos navios”, observou.
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Com o cenário promissor, a Santos Brasil também pretende aumentar a sua movimentação de 250 mil Teus para 500 mil Teus e garante que está pronta para esse salto, com os recursos em andamento. Mas, ainda prevê novas obras. “Estamos em negociação para uma ampliação de área com a Docas do Pará. Estamos também melhorando os nossos pisos e áreas para que possamos verticalizar cada vez mais o terminal”, garantiu Salgado, que se mostrou otimista para 2013.
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Segundo ele, a crise chegou a diminuir bastante a exportação de madeira,mas hoje já há recuperação. “Temos confiança de que a baixa na movimentação, o fundo do poço na movimentação de contêineres na região foi no segundo semestre de 2009. Começou a recuperar no primeiro semestre de 2010 e só vem crescendo de lá pra cá”.
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Fonte: Usuport
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