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Uma ação de caráter estratégico, cuja operação, em fase inicial, por ora deve ser mantida segredo. É assim que a direção da Usiminas prefere tratar seu mais importante investimento, estimado em mais de R$ 2,5 bilhões. Concluído neste ano, o desembolso teve como objetivo colocar em funcionamento uma nova linha de produção de aços laminados em Cubatão (SP). A nova unidade está em operação desde o fim do primeiro trimestre. A informação oficial é que o equipamento recém-instalado continua operando de forma experimental, mas “deverá consolidar-se em escala comercial ainda em 2012”, segundo a direção da empresa.
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A nova linha de produção na cidade paulista é parte de um investimento com foco na tecnologia da produção. Esse ciclo, estimado em R$ 12 bilhões no total, o maior da história da companhia, foi iniciado em 2008. Embora a Usiminas não venha dando declarações a esse respeito, a instalação do novo laminador é vista na empresa como o ponto culminante dessa fase. Por isso e pela importância da nova linha no perfil futuro da produção, a direção da companhia prefere não comentar agora o desempenho e as perspectivas para a produção do novo laminador, conforme revelou um funcionário da Usiminas. A siderúrgica tem evitado comentários também sobre outros investimentos, preferindo manifestar-se institucionalmente apenas via comunicados de sua assessoria de comunicação.
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De acordo com a direção da empresa, a Usiminas “está acelerando seu planejamento com o objetivo de tornar suas operações referências de excelência industrial no Brasil”, revela um informe enviado ao Valor.
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Entre as medidas consideradas, está a definição de padrões e avaliação da produtividade de cada linha, redução do capital de giro e um intenso programa de controle de custos operacionais. A empresa decidiu criar uma área de supply chain, responsável por acompanhar em detalhes o processo de atendimento aos clientes. O objetivo é tornar o processo mais ágil a custos menores.
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Para a empresa, o ano de 2012 marca a conclusão de um forte ciclo de investimentos da Usiminas focado na modernização das linhas de produção e no aumento do valor agregado dos produtos. É sob essa ótica que se insere o novo laminador de tiras a quente de Cubatão. Sozinho, o novo equipamento possui capacidade de produção de 2,3 milhões de toneladas por ano de laminados a quente. No total, a fábrica de Cubatão é capaz de colocar no mercado 4,5 milhões de toneladas de aço por ano. Segundo a direção da empresa, o custo de produção com o novo laminador também atende as exigências por custos mais baixos.
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Além de modernizar o processo de fabricação e tornar a planta mais produtiva, o novo equipamento permitirá também que a companhia ofereça laminados para utilização industrial considerada “mais nobre”. Setores como petróleo e gás, automóveis, autopeças, equipamentos de precisão, cilindros de gás e segmentos da construção civil de maior especialização encontram-se entre os principais alvos dos novos produtos. A companhia lidera o mercado nacional de aços planos e é a maior fabricante do segmento na America Latina.
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A ideia da Usiminas com as mudanças no perfil de produção é ter um portfólio de produtos de elevada tecnologia e de mais alto valor agregado. Isso permitiria ampliar a capacidade da empresa de competir no mercado internacional, além de oferecer soluções mais avançadas para os setores que consomem laminados.
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Como parte desse grupo de investimentos recentes, em 2010 a Usiminas implantou a tecnologia CLC na unidade de Ipatinga (MG). Desenvolvida pela Nippon Steel, a tecnologia CLC permite o resfriamento rápido de chapas grossas. Com isso, o aço produzido a partir dessa técnica oferece maior resistência e melhor desempenho no processo de soldagem. O produto com essas características visa a utilização em grandes profundidades marítimas, como ocorre, por exemplo, com instalações petrolíferas na exploração da camada pré-sal.
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No ano passado, uma nova linha de galvanização foi inaugurada em Ipatinga. O investimento permitiu a duplicação da oferta de aço galvanizado, empregado nos setores automotivos, de linha branca e de construção.
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Uma das prioridades da companhia é elevar a produção de minério de ferro e, com isso, aproveitar as boas cotações do produto no mercado mundial – acima de US$ 130 a tonelada – e ampliar suas exportações, em especial para os chineses, maiores compradores desse insumo no mundo. Em 2011 foram investidos R$ 365 milhões na aquisição de equipamentos móveis de mineração, terrenos, adequações e melhorias nas plantas de beneficiamento existentes. A meta da companhia é extrair do solo 29 milhões de toneladas de minério de ferro por ano a partir de 2015. Em 2011, a companhia produziu cerca de 8 milhões de toneladas da matéria-prima.
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Também como parte do ciclo de investimentos de 2008 entrou em operação este ano um desgaseificador a vácuo, na unidade de Ipatinga (MG). Ao custo de R$ 170 milhões em investimentos, o novo equipamento será empregado para tornar o aço mais puro, aumentando a capacidade de estampagem ao produto e elevando seu valor agregado. Também nesse caso o alvo são as indústrias automobilística, naval, de petróleo, de eletrodomésticos e segmentos mais sofisticados da construção. A capacidade de produção de aços galvanizados por imersão a quente da usina de Ipatinga passou de 550 mil para 1 milhão de toneladas por ano em 2011.
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Em 2011 a Usiminas produziu 6,7 milhões de toneladas de aço, das quais 4,9 milhões foram vendidas no mercado interno e exportado mais 1 milhão de toneladas. No primeiro trimestre deste ano, a companhia teve prejuízo de R$ 37 milhões. As vendas cresceram 13% sobre o quarto trimestre de 2011, mas a receita líquida, que atingiu R$ 2,9 bilhões, aumentaram apenas 2,5% na comparação com o trimestre anterior.
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Em 2011, a companhia iniciou um programa de desmobilização de ativos não estratégicos, não ligados ao seu core business, para reforçar o caixa e concentrar suas operações na produção de aço e exploração de minério. Na maior parte dos casos, a empresa vai se desfazer de imóveis. Com essas ações, espera amealhar mais de R$ 300 milhões.
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A Usiminas também tem planos de participar das licitações de portos. Junto com a ArcelorMittal, a companhia estuda disputar a construção de um terminal portuário com investimentos de US$ 800 milhões (aproximadamente R$ 1,6 bilhão) em Sepetiba, no litoral do Rio de Janeiro.
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Fonte: Valor Econômico
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