Enquanto aguarda uma licença ambiental, a Verde Potash faz planos de iniciar a produção de potássio no Brasil em 2015, com o diferencial de ter uma unidade próxima a regiões que são grandes consumidora
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Enquanto aguarda uma licença ambiental, a Verde Potash faz planos de iniciar a produção de potássio no Brasil em 2015, com o diferencial de ter uma unidade próxima a regiões que são grandes consumidoras de fertilizantes, disse o presidente da companhia, Cristiano Veloso.
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A empresa listada em Toronto (Canadá) espera receber a licença prévia ambiental de seu projeto em Minas Gerais no segundo trimestre, afirmou o executivo à Reuters.
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A companhia visa tirar proveito da grande demanda pela matéria-prima de fertilizante no Brasil, que importa cerca de 90 por cento do insumo que consome.
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E investidores estão de olho na situação: desde que a Vale suspendeu um grande projeto de potássio na Argentina, que poderia garantir parte das necessidades do Brasil, as ações da Verde Potash subiram cerca de 20 por cento.
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Além do mercado, a companhia diz ter outros estímulos.
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“Temos muito incentivo para produzir potássio, tanto de Minas Gerais como do governo federal, porque o país precisa urgentemente de fertilizantes”, afirmou Veloso, revelando um acordo com o governo mineiro para isenção total de ICMS na cadeia produtiva do potássio.
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O projeto Cerrado Verde, em Minas Gerais, passou por 41 mil metros de sondagem que mediram 2,8 bilhões de toneladas de rocha de um potássio não convencional encontrado na superfície. A cor verde do minério foi determinante para dar nome à empresa.
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A empresa ainda tem vantagem logísticas em relação a outros projetos para explorar a matéria-prima no país, como o da Potássio do Brasil, que revelou à Reuters contar com grandes reservas, mas situadas no Amazonas, um Estado que tem produção agrícola pequena em relação a outros.
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ETAPA INICIAL
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Na primeira fase, a Verde Potash planeja produzir 600 mil toneladas de potássio –volume equivalente ao da produção da Vale, em Sergipe– com investimentos de 598 milhões de dólares, e a abertura de capital no Brasil é cogitada após o começo de produção.
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O projeto completo tem potencial para produzir 3 milhões de toneladas anuais a partir de 2019, com um investimento total de 6 bilhões de reais.
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De posse das licenças necessárias para iniciar o projeto, a Verde Potash deverá dar entrada com pedido de financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, segundo o executivo, deve incentivar projetos deste tipo para aliviar a necessidade de importações.
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O consumo de fertilizantes no Brasil tem disparado nos últimos anos e deve aumentar ainda mais na esteira do agronegócio. Em 2012, a potência agrícola consumiu 8 milhões de toneladas de potássio, das quais 93 por cento foram importadas.
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“O governo brasileiro tem ajudado e está preparando mais medidas para dar aos produtores brasileiros de fertilizantes condições de competir com grandes produtores mundiais, entre canadenses e russos”, afirmou.
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DESAFIOS
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Os 120 mil hectares de área em exploração pela Verde Potash revelam jazidas suficientes para uma produção potencial de 8 milhões de toneladas anuais por 30 anos, segundo o executivo. Mas o projeto não é tão simples quanto outros mais convencionais.
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Se por um lado as reservas localizadas na superfície são uma vantagem em relação a depósitos comumente encontrados em grande profundidade, por outro a Verde Potash precisa de tecnologia para explorar os depósitos constituídos de um mineral não convencional.
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O executivo disse que a empresa está desenvolvendo tecnologia para explorar as reservas do potássio originado do silicato, uma rocha verde encontrada em abundância na região.
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Veloso é um dos acionistas da Verde Potash, com quase 10 por cento do capital da empresa. A maior parte do capital da companhia é de brasileiros, com dois investidores da área agrícola e de fertilizantes. Também é constituída de fundos europeus, norte-americanos e asiáticos, como o Pine Bridge, responsável por uma carteira de mais de 80 bilhões de dólares em investimentos. A empresa desenvolve pesquisas em Minas Gerais desde 2008.
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Fonte: Reuters
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