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China garante recuperação dos metais não ferrosos

3 de dezembro de 2012

rnOs principais metais não ferrosos tiveram um mês positivo em novembro, depois de amargarem perdas que chegaram aos dois dígitos em outubro. O cobre, com uma alta tímida de 0,55%, foi o metal que menos subiu

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Os principais metais não ferrosos tiveram um mês positivo em novembro, depois de amargarem perdas que chegaram aos dois dígitos em outubro. O cobre, com uma alta tímida de 0,55%, foi o metal que menos subiu, enquanto alumínio e zinco tiveram valorizações superiores a 7%. Sazonalmente, novembro é bom para as commodities metálicas, com países europeus e asiáticos garantindo seus estoques antes do inverno. Mas neste ano, sinais de recuperação da China – que consome 40% dos metais do mundo – ajudaram.

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Em dezembro, os preços não devem variar muito, na opinião de analistas que acompanham as commodities metálicas, com volume enfraquecido por conta das festas de fim de ano. Em 2013, ainda que fatores macroeconômicos permitam um pouco mais de otimismo, as projeções também não são de movimentos expressivos para cima ou para baixo.

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“Ainda que em novembro vejamos melhora por conta da formação de estoques de segurança para o inverno, janeiro, fevereiro e março tendem a ser piores, uma vez que os estoques mais altos levam a uma redução de pedidos”, diz Ronaldo Valiño, sócio da PwC Brasil e líder em Mineração e Metais.

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O contrato de três meses do cobre, o mais negociado, terminou o pregão de ontem a US$ 7.867 por tonelada na London Metal Exchange (LME). O mesmo contrato de alumínio fechou a US$ 20.050 por tonelada, enquanto o zinco estava em US$ 2.023,5 por tonelada. O níquel subiu 6,57% até ontem, para US$ 17.345 por tonelada; o chumbo mais 7,59%, US$ 2.239 por tonelada; e o estanho liderou, com alta de 8,46%, a US$ 21.800 por tonelada. Com essas variações, apenas o níquel permanece em queda no acumulado do ano (4,98%). Até o fim de outubro, alumínio e zinco também estavam em baixa.

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Além do fator sazonal, a alta do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China trouxe ânimo. O indicador mostrou expansão após 13 meses de contração, o que elevou as expectativas de maior demanda por metais. Antes disso, a reeleição do presidente americano Barack Obama deu fôlego às cotações dos metais. Agora, é o abismo fiscal do país que segue no radar dos investidores.

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Já a Europa, que trouxe dose de tensão em função principalmente da demora para o acordo entre os credores da Grécia, tem peso menor sobre os metais. No entanto, iniciativas para reduzir o endividamento grego, nesta semana, foram avaliadas positivamente. A cada notícia favorável na região, o euro tende a subir, comenta o analista de metais da Tendências Consultoria, Bruno Rezende. Com o euro mais forte, os metais – cotados em dólares – ficam mais atraentes para quem detém a divisa europeia.

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Para 2013, o mercado segue conservador, mas o tom geral é mais otimista do que nos últimos meses. Gianclaudio Torlizzi, sócio da consultoria T-Commodity, estima que o mercado já descontou nos preços as preocupações com Europa e crescimento chinês. Ele espera alta de 15%, em média, para os metais. Menos otimista, Stephen Briggs, analista de metais do BNP Paribas, vê cenário negativo especialmente para o cobre, já que prevê aumento de 15% na produção e de 5% na demanda. Valiño não vê grandes subidas ou descidas para as commodities metálicas e minerais em 2013, mas avalia que o mercado está um pouco mais animado com os EUA e não descarta a hipótese de a China superar expectativas de crescimento.

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Assim como os metais, o petróleo acumulava variação positiva no mês até ontem, com o barril do Brent a US$ 108,64, acima dos US$ 107,56 do último dia de outubro. O mês começou ruim, com o mercado evitando riscos por conta das preocupações com a Europa, mas a tensão gerada pelo conflito entre Israel e Palestina contribuiu para impulsionar os preços.

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Fonte: Intelog

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