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IBRAM debate a indústria do alumínio no Brasil

22 de maio de 2014

A Diretoria do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br) participou, na manhã desta quarta-feira (21) de debate relacionado à situação da indústria do alum&iacut

A Diretoria do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br) participou, na manhã desta quarta-feira (21) de debate relacionado à situação da indústria do alumínio no Brasil. A Reunião Extraordinária, realizada na Câmara dos Deputados, foi proposta pelo Deputado Federal Geraldo Thadeu (PSD-MG) e contou com a presença do Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, que participou como debatedor, do Diretor de Assuntos Minerários Marcelo Ribeiro Tunes e do Diretor de Relações Institucionais, Walter Alvarenga.

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As discussões tiveram início com a apresentação da palestra do Presidente Executivo da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), Adjarma Azevedo. A ABAL, que atua há 44 anos, congrega empresas associadas que representam 100% dos produtores de alumínio primário, transformadoras de alumínio – que representam cerca de 80% do consumo doméstico brasileiro –, consumidoras de produtos de alumínio, fornecedores de insumos, prestadores de serviços e comerciantes.

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Os presentes puderam conhecer, durante a palestra, a cadeia do alumínio. “Estima-se que cada R$1,00 investido na indústria do alumínio transforma-se R$16,15. Além disso, cada emprego gerado diretamente reflete na geração indireta de 35 postos de trabalho. Apenas a indústria do alumínio gera, no Brasil, 505 mil postos de trabalho”, pontuou. “No entanto, a capacidade ociosa de produção de alumínio primário hoje é de 500 mil toneladas. Essa situação está relacionada principalmente a duas situações: custos de produção elevados (principalmente da energia elétrica) e preços mundiais muito baixos”, completa.

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Adjarma apresentou ainda os principais problemas causados pela importação de produtos semi e manufaturados de alumínio. “Cada R$ 1 milhão de importação desse tipo de produtos provoca o encerramento ou a não geração de 8,4 empregos diretos e indiretos. Precisamos com muita urgência de um projeto para crescimento da indústria de alumínio e consequente geração de empregos”, finaliza.

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Em seguida, o Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura traçou um panorama econômico da indústria no Brasil. “Precisamos partir do princípio que o alumínio está presente em tudo em nossa vida. Apesar do Brasil ser o 3º País do mundo em reservas do bem mineral, a produção Brasileira está em queda. Somos um País de grandes oportunidades e potencialidades, mas estamos passando por sérios problemas na indústria do alumínio”, frisou.

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Coura exemplificou ainda o curso da energia elétrica para a indústria Brasileira: a tarifa média é de 329 R$/MWh, a mais alta da América Latina e a quarta mais alta do mundo. “Os gargalos mais urgentes na Cadeia do Alumínio são a situação dos portos, as altas tarifas de energia elétrica, a questão do licenciamento ambiental, o aumento das importações, a queda da produção primária e o Custo Brasil elevado”, detalha.

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José Fernando Coura, que na ocasião representou também o Presidente da Votorantim Metais, Tito Martins, lembrou a história da empresa, que vem aumentando sua participação no mercado brasileiro e internacional, a partir de uma gestão responsável e estratégica e o pioneirismo do empresário Antônio Ermírio de Moraes.

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Em seguida, o Presidente da Hydro Brasil, Alberto Fabrini, detalhou a atuação e as dificuldades enfrentadas pela empresa. “A Hydro é uma empresa que há 108 anos trabalha com as potencialidades de cada País focada em desenvolvimento industrial e sustentável e é uma das maiores no setor de alumínio. O Brasil é o país em que empregamos a maior quantidade de pessoas”, explica. “A Hydro é responsável, em toda sua cadeia, pela geração de 8500 empregos diretos e indiretos e, nos últimos 10 anos, investiu R$ 8 bilhões”, completa.

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Fabrini detalhou também as perdas pelas quais a empresa vem passando e o compromisso de se tornar, até o anos de 2020, neutros na emissão de carbono. “Tivemos perdas significativas nos lucros e não houve queda na produção. Isso se dá, principalmente, pelo custo da energia elétrica e pela alta carga tributária. Hoje, para a Hydro, produzir não é um bom negócio. Mas ainda acreditamos no futuro e no alumínio”.

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Em seguida, o Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Poços de Caldas e região (Sindmetal), Ademir Angelino, apresentou as questões que envolvem os trabalhadores do setor. “O mercado do alumínio é muito promissor mas, infelizmente, vivemos em uma crise de emprego. Estamos perdendo muitos postos de trabalho e, para isso deixar de acontecer é preciso reavaliar tanto a condição do alumínio produzido no Brasil quanto a pressão que a indústria brasileira vem sofrendo do mercado externo”.“Precisamos conversar e debater muito para contribuir para que a questão do alumínio seja resolvida no Brasil”, completou o Deputado Geraldo Thadeu (PSD/MG).

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O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura Filho detalhou, em seu pronunciamento, o contexto atual do setor elétrico brasileiro. “O MME tem consciência de tudo o que foi apresentado aqui e sabemos também da necessidade de uma política estruturada para a cadeia de alumínio e de todos os outros eletrointensivos. Sabemos que não convém para o Brasil se tornar importador de alumínio e que precisamos de uma legislação que prestigie o segmento”, diz. “O Brasil é um país rico em fontes de energia e temos condições de ter energia elétrica para todos os segmentos, com um custo bem mais baixo”, finalizou.

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Os Deputados Federais Fernando Ferro (PT/PE), Rodrigo de Castro (PSDB/MG), Wandenkolk Pasteur Gonçalves (PSDB/PA), Welinton Prado (PT/MG), Arnaldo Jardim (PPS/SP), Marcos Montes (PSD/MG), Eros Biondini (PTB/MG), Vitor Penido (DEM/MG) e os vereadores de Serrana (SP) e de Alfenas (SP) também participaram da reunião. “Vivemos uma situação grave na economia em que a instabilidade compromete a capacidade de retomada de crescimento e faz o Brasil passar por um processo de desindustrialização e de diminuição da participação relativa da Indústria no Produto Interno Bruto (PIB). A cadeia do alumínio é um dos setores em que isso se dá de forma mais evidente”, pontuou Arnaldo Jardim.

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Ao final da Reunião, o Deputado Geraldo Thadeu se comprometeu a solicitar à assessoria da Comissão que produzisse um material relacionado a tudo o que foi debatido para que seja encaminhado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, ao Ministério de Minas e Energia e à Casa Civil.

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IBRAM debate a indústria do alumínio no Brasil. Crédito: André Oliveira

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José Fernando Coura em reunião na Câmara dos Deputados. Crédito: André Oliveira

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Fonte: IBRAM – Profissionais do Texto

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